Foi preso hoje (10) o vice-presidente da Câmara de Vereadores de Nilópolis, Mauro Rogério do Nascimento de Jesus, o 'Maurinho do Paiol'. A operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Estado do Rio e Janeiro está cumprindo 19 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão de pessoas envolvidas com a milícia.
Alvo principal da operação, Maurinho do Paiol está sendo investigado por ligações com a milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, grupo paramilitar que atua na Zona Oeste da capital (Anchieta) e na Baixada Fluminense (Nilópolis e São João de Meriti). Braga herdou o comando de Wellington da Silva Braga, o Ecko, irmão dele, morto em confronto com a polícia. A organização conta com a participação de quatro policiais militares, também alvos de mandados de prisão e de ordens de afastamento do cargo, por decisão da Vara de Combate ao Crime Organizado do TJRJ.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal. As buscas e apreensões estão sendo realizadas em endereços ligados aos denunciados e na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, onde encontra-se preso Diego Nunes Rayol. De acordo com a denúncia, a organização criminosa possui como principais atividades a exploração de serviços de 'gatonet', a venda de gás GLP, o comércio ilícito de cigarros e o controle sobre pontos de mototáxi nas localidades dominadas, principalmente em Nilópolis.
Além de atuar em Nilópolis, o grupo criminoso opera em São João de Meriti e no bairro de Anchieta, na capital. A organização conta com a participação de quatro policiais militares, também alvos de mandados de prisão e de ordens de afastamento do cargo, por decisão da Vara de Combate ao Crime Organizado do TJRJ. A ação do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), em parceria com a Polícia Federal, conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
As investigações conduzidas pelo GAECO/MPRJ, em parceria com a Polícia Federal, demonstraram que a organização é estruturalmente ordenada e possui dimensões consideráveis, atuando de forma setorizada, com o objetivo de auferir vantagens, tanto patrimoniais, como de domínio do território e imposição de força, mediante a prática de crimes como homicídios, extorsões, corrupção, interceptação e distribuição clandestina de sinal de TV a cabo, entre outros.
O grupo mantém relação próxima com a organização criminosa que já foi liderada pelo miliciano Wellington da Silva Braga, o “Ecko”, morto em 2021, e atualmente liderada pelo seu irmão, Luis Antônio da Silva Braga, o “Zinho”, utilizando-se de armas de fogo para disseminar o temor e exercer o domínio sobre a população das localidades dominadas. Além disso, ao expandir seus domínios para a comunidade Az de Ouro, em Anchieta, passou a atuar também no tráfico de drogas, fazendo parte da cúpula da referida comunidade, ligada à facção criminosa TCP.