Um em cada três idosos enfrenta uma doença que muitas pessoas são portadoras, mas não admitem por vergonha: a incontinência urinária. O problema se caracteriza pela perda involuntária de urina, por isso interfere tanto nas atividades diárias e na qualidade de vida. Em 14 de março, é comemorado o Dia Mundial da Incontinência Urinária e os especialistas aproveitam a data para tentar desmitificar o tabu em torno da doença, conscientizando a população sobre os sintomas e os modernos tratamentos para o controle do problema.
"Os sintomas clássicos da incontinência urinária são aumento do número de idas ao banheiro e a dificuldade de segurar urina. O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são medidas importantes para retardar a evolução do quadro. E também para evitar o impacto psicossocial que o problema acarreta ao paciente", explica o urologista do Hospital Badim, Celso Dantas.
A incontinência urinária se apresenta de três formas: a de esforço, quando o paciente perde urina ao fazer pressão sobre o assoalho pélvico, como rir, tossir, exercitar-se; a de urgência, caracterizada pela vontade repentina de urinar; e a mista, que desenvolve sintomas dos outros dois tipos de incontinência. “É importante consultar logo o médico para que seja identificado o tipo de incontinência, a sua causa e gravidade. Assim, estabelecer um tratamento adequado para cada caso”, destaca o especialista.
Dantas não descarta a terapia interdisciplinar, conjugando a intervenção do urologista e a de um fisioterapeuta. Segundo ele, os resultados podem ser mais rápidos e bem mais eficientes. O médico acrescenta que, em alguns casos, apenas mudanças no estilo de vida resolvem o problema, não precisando do uso de medicamentos ou procedimentos cirúrgicos.
Hoje em dia, há diversos tratamentos eficientes, como o biofeedback de pressão ou eletromiográfico, radiofrequência, game terapia e até realidade virtual. “Apesar das técnicas avançadas, a consulta médica deve preceder o tratamento, para que os procedimentos sejam selecionados e executados oferecendo segurança para o paciente, especialmente os mais idosos”, enfatiza o médico.