A Polícia Federal deflagrou, em conjunto com o GAECO/MPF, a operação Betka – quarta fase da operação Kryptos – com objetivo de desarticular organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas.
Na ação, cerca de 15 policiais federais prenderam mais duas pessoas ligadas a Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, e sua empresa GAS Consultoria. Os mandados de prisão foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e decorreram de um esforço conjunto entre a Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Pessoas ligadas à empresa são investigadas desde agosto de 2021, após a deflagração da Operação Kryptos, no estado do Rio de Janeiro. Glaidson foi preso na capital do estado, enquanto outros líderes que estavam em Cabo Frio e região também foram levados para penitenciárias locais.
Com o material obtido na ocasião da deflagração da Operação Valeta, terceira fase da Operação Kryptos, foi possível revelar detalhes da criação de uma corretora de criptoativos, concebida possivelmente com o intuito de evitar a ação de bloqueio e posterior confisco dos valores movimentados pelo esquema criminoso, por parte dos órgãos da persecução penal, por meio da utilização de interpostas pessoas para a dissimulação do capital movimentado.
Os investigados respondem pela prática dos crimes de operação sem autorização de instituição financeira, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, poderão cumprir pena de até 34 anos de reclusão.
O nome da operação Betka faz referência ao banco de pagamentos T-28 e ao tanque russo, também de mesmo nome, considerado um dos primeiros tanques médios.