A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, ficou em 0,95% em março. Essa é a maior variação para o mês desde 2015, apesar de ser ligeiramente menor do que a medida em fevereiro.
No primeiro trimestre do mês, o acumulado chegou a 2,54%, acima da taxa registrada em igual período de 2021. Já em 12 meses, o IPCA-15 soma 10,79%, uma alta que também é maior do que a observada nos 12 meses imediatamente anteriores.
Os dados, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, aponta que a alta nos preços se deu nos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. O principal destaque foram os alimentos e bebidas que encareceram 1,95%, tendo o maior impacto no índice geral. A alta foi puxada pelos preços dos itens para consumo no domicílio, devido à influência de fatores climáticos. Este mês, houve disparada no valor da cenoura, que subiu mais de 45%, e altas expressivas de 15,46% no tomate e de 11,81% na batata inglesa.
A segunda categoria com peso importante no IPCA-15 de março foi a que engloba Saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,30%, após pequena deflação em fevereiro.
Já os Transportes avançaram 0,68%, graças a subida de 0,83% na gasolina, que figura como o subitem vilão do índice. Isso se deve ao último reajuste de 18,77% do combustível nas refinarias, anunciado junto com aumentos no óleo diesel e no gás veicular.
O IPCA-15 é um indicativo do valor que terá o índice oficial de inflação do país. Os preços são coletados em geral, entre o dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência, em 11 capitais ou regiões metropolitanas
Fonte: Agência Brasil