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Civil realiza operação contra empresário e ex-pastor que enganavam investidores de criptomoedas

Sócios movimentaram mais de R$ 200 milhões em suas contas bancárias particulares no golpe financeiro

Por Portal Eu, Rio! em 04/04/2022 às 10:04:13

Sadraqui, Diego e Nathan. Foto: Reprodução Redes Sociais

Policiais civis da 76ª DP (Niterói) deflagraram, nesta segunda-feira (04), a Operação Aryan, contra uma associação criminosa responsável por causar prejuízo financeiro em milhares de investidores. O objetivo é cumprir dois mandados de prisão, contra o empresário Sadraqui de Freitas, de 30 anos, e o ex-pastor evangélico Nathan Assis de Oliveira, 32, CEO e sócio, respectivamente, da Alpha Consultoria, no Centro de Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

Os agentes ainda cumprem mandados de busca e apreensão em endereços de luxo de Niterói, São Gonçalo, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e no Itanhangá, ligados também a outros três investigados de participarem do golpe: Diego Rodrigues Antunes, Fábio Galvão Alves e Leiver Lechar Nogueira Junior. Os pedidos de prisão foram expedidos pela 4ª Vara Criminal de Niterói. O CEO e o sócio já são considerados foragidos por não terem sido encontrados em diferentes endereços.

Segundo as investigações, a quadrilha, por intermédio de uma empresa, oferecia mediação de investimentos em criptomoedas com a promessa de entregar rendimentos de até 30% ao mês.

A empresa Alpha, que foi aberta em fevereiro de 2021, começou a atrasar o pagamento dos rendimentos dos clientes cerca de dois meses depois com a justificativa de que uma corretora havia bloqueado indiscriminadamente as contas. A apuração da 76ª DO apontou que este bloqueio nunca existiu e que os valores disponíveis nas contas da empresa eram muito baixos.

Os agentes identificaram que, em poucos meses, os dois sócios que são alvos de mandados de prisão movimentaram mais de R$ 200 milhões em suas contas bancárias particulares, o que apontou para a prática de golpe financeiro.

Sadraqui possui 30 anotações criminais por estelionato, organização criminosa, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra a economia popular. Já Nathan tem 24 anotações pelos mesmos crimes. Ambos nunca foram presos.

Nas redes sociais, eles ostentavam uma vida de luxo, com viagens em aeronaves particulares. Entretanto, as imagens não estão mais disponíveis nos perfis de ambos. Eles responderão pelos crimes de estelionato, associação criminosa e crime contra a economia popular. As penas somadas podem chegar a 10 anos de prisão. "Aryan" faz referência a uma cidade no Egito onde se localiza uma misteriosa pirâmide em ruínas.


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