O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta sexta-feira (01/04), os traficantes Adriano de Souza de Freitas, conhecido como “Chico Bento”, e Felipe Ferreira Manoel, conhecido como "Fred", líderes do tráfico de drogas no Jacarezinho, por homicídio quintuplamente qualificado, pela morte do inspetor da Polícia Civil André Leonardo de Mello Frias. O crime aconteceu no último dia 6 de maio de 2021, durante uma operação da Polícia Civil na comunidade, que terminou com 28 pessoas mortas. Os dois traficantes também foram denunciados por outras 11 tentativas de homicídios, contra policiais civis que participavam da operação.
A denúncia partiu da Força-Tarefa que atua nas investigações das mortes e demais delitos ocorridos em operação policial no Jacarezinho (FT-Jacarezinho/MPRJ). O documento relata que os criminosos efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra a equipe de policiais civis que incursionava no local para cumprir mandados judiciais, atingindo letalmente, na cabeça, André Leonardo de Mello Frias, que veio a falecer após a ação. Outro policial civil, Marcelo Fagundes Gonçalves, também foi atingido pelos criminosos escondidos em posição de combate fortificada (seteiras), não vindo a falecer por ter se esquivado e estar parcialmente abrigado, além de ter sido socorrido por outros policiais que reagiram ao ataque e recebido pronto atendimento médico.
O texto destaca que “Chico Bento” e “Fred” concorreram eficazmente para a prática dos crimes de homicídio contra André, Marcelo e outros 10 policiais que participavam da ação, uma vez que comandam as atividades da facção criminosa Comando Vermelho no Jacarezinho e, cientes antecipadamente da realização da operação policial, prepararam atiradores do grupo criminoso para exercerem feroz reação à atuação da Polícia Civil.
Os crimes foram praticados mediante recursos que dificultaram a defesa das vítimas, uma vez que seus executores se encontravam em posição de combate fortificada com mirada privilegiada dos policiais, dotados de armamento de guerra e longo alcance, e com prévia preparação do terreno instalando obstáculos ao ingresso de veículos. Além disso, todos os crimes foram praticados com emprego de armas de fogo automáticas e de calibres de alta energia, armas de uso restrito ou proibido, e contra agentes de segurança pública no exercício de suas funções.
Fonte: MPRJ