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Família cobra MP por lentidão nas investigações da morte de Kathlen Romeu

Questionado, promotor argumenta com necessidade de respaldar com provas denúncia contra policiais

Por Portal Eu, Rio! em 08/04/2022 às 17:38:06

Parentes de Kathlen Romeu fizeram manifestação na porta do Ministério Público e se queixaram de proteção a policiais investigados pela morte da jovem grávida. Foto: Agência Brasil

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recebeu, na manhã desta sexta-feira (08/04), familiares de Kathlen de Oliveira Romeu, jovem morta no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio, durante incursão policial ocorrida no dia 8 de junho do ano passado. Acompanhados de representantes da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro (OAB-RJ) e da Defensoria Pública do Estado (DPERJ), eles foram recebidos pelas procuradoras de Justiça Patrícia Leite Carvão, coordenadora-geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana (COGEPDPH/MPRJ); e Eliane de Lima Pereira, coordenadora de Direitos Humanos e Minorias (CDHM/MPRJ); pelo procurador de Justiça Augusto Vianna, ouvidor da instituição; e pela promotora Adriana Lucas, coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Investigação Penal (CAO Investigação Penal/MPRJ). Os familiares receberam informações atualizadas sobre as investigações, que seguem em curso, e sob sigilo, sob a responsabilidade do MP fluminense e da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios.


A reunião ocorreu após manifestação em frente à sede do MPRJ, no Centro do Rio, na qual familiares cobraram informações sobre o caso, que completa dez meses, e questionaram a atuação do promotor natural, responsável pelas investigações. Por meio de nota, o promotor Alexandre Murilo Graça, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, afirmou compreender o sentimento de dor de uma família que perdeu sua filha durante operação policial. Reafirmou seu compromisso em elucidar o caso e esclareceu que, para que a denúncia contra os policiais que efetuaram os disparos seja oferecida, é preciso concluir a colheita de todas as provas. Neste sentido, pontuou o promotor, a apresentação de uma inicial acusatória mal instruída, isto é, não completa, traz prejuízos não só para as partes, mas também para toda a sociedade, em sua busca por Justiça.

Foram recebidos no MPRJ Jacklline de Oliveira Lopes, Luciano dos Santos Gonçalves (mãe e pai de Kathlen) e Marcelo Ramos Silva, seu noivo e pai do filho que a jovem esperava, além da avó de Kathlen, Sayonara Fátima, que acompanhava a neta na comunidade, no momento em que foi alvejada. Também participaram da reunião Rodrigo Mondego, procurador da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ) da OAB-RJ e vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do RJ; Guilherme Pimentel, ouvidor da DPERJ; a deputada estadual Renata Souza e a vereadora Thais Ferreira, presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara do Rio. Os promotores e procuradores de Justiça presentes reafirmaram o máximo empenho da instituição para garantir o desfecho do caso.

Vale lembrar que o caso de Kathlen exigiu a atuação de duas Promotorias de Justiça com atribuição. Além das investigações que constam do inquérito policial instaurado para apurar o crime de homicídio praticado por intervenção policial que vitimou a jovem, houve atuação no inquérito policial militar instaurado para apurar a prática de crimes militares ocorridos na mesma ação. Nesta segunda linha de investigação, o MPRJ, por meio da 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria da Justiça Militar, já denunciou, no dia 13 de dezembro de 2021, o capitão da PM Jeanderson Corrêa Sodré, o 3°sargento Rafael Chaves de Oliveira e os cabos da PM Rodrigo Correia de Frias, Cláudio da Silva Scanfela e Marcos da Silva Salviano, por fraude processual, por terem modificado a cena do crime

Fonte: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

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