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Conheça o império de Motoboy, um dos chefões do tráfico no Complexo da Maré

Disque-Denúncia oferece R$ 5 mil de recompensa para informações de seu paradeiro

Por Mario Hugo Monken em 11/11/2018 às 12:06:28

Reprodução TV Record

Um dos principais alvos da operação policial desencadeada esta semana no Complexo de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio, que deixou pelo menos cinco mortos, o traficante Rodrigo da Silva Caetano, o Motoboy, de 38 anos, mantém um império de várias favelas sob seu domínio e ainda possui negócios em outros Estados. Segundo investigações, ele comanda as favelas Nova Holanda, Parque União e Rubem Vaz, que ficam na Maré, além das comunidades da Lagoinha e Santo Antônio, em Duque de Caxias, e Nova Era, em Nova Iguaçu, todas na Baixada Fluminense, e do Capote, em São Gonçalo.

Além disso, articula um esquema de envio de drogas do Mato Grosso do Sul para o Rio de Janeiro e faz a distribuição de drogas para o Espírito Santo.

Vinculado à facção criminosa Comando Vermelho (CV), Motoboy está no poder na Maré há pelo menos cinco anos desde a prisão de Luiz Carlos Gonçalves de Souza, o LC, e seu domínio é autorizado pelo traficante Amabílio Gomes da Silva, o MB, que também está preso. Por informações que levem a prisão de Motoboy, o Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 5 mil.

Ele foi condenado este ano pela Justiça do Rio  a 12 anos de prisão por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Responde a outros processos por roubo.

De acordo com as investigações, Motoboy impõe um regime de terror nas comunidades sob o seu jugo, utilizando violência, armamento pesado e intimidação difusa e coletiva para domínio das regiões.

Interceptações telefônicas flagraram diversas vezes Rodrigo dando determinações para as bocas de fumo bem como negociando a compra de drogas e armas. É chamado de "chefe" por seus subordinados.

Motoboy é um dos acusados de ter participado do esquartejamento do traficante Wladimir Augusto Paz dos Santos, o Mimi. qualificado, violação e ocultação de cadáver. 

“Mimi” fazia parte do CV e teria aceitado proposta do traficante “Menor P”, líder da quadrilha rival que atua na Baixa do Sapateiro e Vila dos Pinheiros, dominada pelo Terceiro Comando Puro (TCP) para integrar essa facção. Ao aceitar o convite “Mimi” passou a ser considerado um traidor pelos antigos comparsas. Como não se adaptou aos métodos do novo grupo, o traficante pediu a para retornar à antiga facção e foi atraído para uma armadilha.

Motoboy costuma  promover bailes funks na região, sempre com a presença de traficantes de outras comunidades. Recentemente, deu a ordem para proibir que veículos roubados entrassem nas áreas sob o seu domínio e mandou destruir várias motos que foram roubadas por sua quadrilha.

Outra determinação baixada pelo criminoso foi a de que de membros de sua quadrilha atirem em carros que não abaixem os vidros. Uma médica que entrou por engano na Nova Holanda acabou sendo vítima de disparos. Ela acelerou e não estava com os vidros abaixados. O bandido gosta de ostentar luxo. Há dois anos, a polícia descobriu um esconderijo do traficante na Nova Holanda. A casa tinha banheira de hidromassagem, uísques importados e paredes e tetos espelhados.

Até mesmo um jacaré chegou a ser capturado que era usado pelo criminoso como uma ‘arma’ para ameaçar e até torturar inimigos e X-9 (delatores),.

Motoboy mantém uma cracolândia bastante conhecida pela população do Rio de Janeiro em que os consumidores da droga vagam pela Avenida Brasil, inclusive no meio dos carros.
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