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Rio de Janeiro pode ter novo surto de febre amarela

Apesar da realização de campanhas anteriores, apenas 73% da população foi vacinada contra a doença.

Por Claudio Rangel em 12/11/2018 às 18:35:31

Vacinação é a única forma de se prevenir contra a febre amarela. Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde

Um novo surto de febre amarela é uma ameaça real no Rio de Janeiro, apesar do descrédito de boa parte dos fluminenses. É o que diz o médico da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, sobre a resistência de alguns moradores do Estado que ainda não foram vacinados contra a doença, forçando a Secretaria a promover nova campanha.

Apesar da realização de campanhas anteriores, apenas 73% da população foi vacinada contra a doença. Este ano, 262 pessoas foram vítimas da doença e 84 delas morreram. A meta da atual campanha é vacinar 4 milhões de pessoas e atingir a cobertura de 95% da população fluminense.

Para atingir a meta, a Secretaria desenvolve campanha de divulgação em meios de comunicação e uma ação na Quinta da Boa Vista, com o objetivo de alertar a população quanto aos perigos da doença.

Febre amarela

A vacinação é a única forma de combate à doença. A febre amarela havia sido erradicada do Brasil em 1942. Com a falta de casos registrados, o estado deixou de ser área de vacinação. Porém, nos últimos dois anos, novos casos surgiram, tanto em macacos quanto em humanos. As autoridades de Saúde decidiram vacinar a todos. Mas essa vacinação encontra obstáculos de cunho cultural:

"Com a expansão da febre amarela, iniciamos a vacinação. Um dos obstáculos que temos para vacinar toda a população é que muitos associam a vacina como perigosa para a saúde. Outros pensam que a febre amarela se dá apenas em regiões de floresta", disse Alexandre Chieppe, lembrando que o Rio de Janeiro é dotado de florestas.

Com a chegada do verão e a consequente proliferação de mosquitos transmissores, o perigo de um novo surto é verdadeiro. E a vacinação é a única maneira de evitar o surto da doença.

Na campanha atual, as doses fracionadas foram extintas. Quem tomou a dose fracionada na campanha anterior não tem necessidade de se vacinar novamente, a não ser que pretenda viajar para o exterior. O fracionamento foi suspenso em outubro.

Tempo de imunização


Segundo Alexandre Chieppe, as pesquisas atuais indicam que quem é vacinado contra a febre amarela fica imunizado por oito anos contra a doença. "Estudos garantem a imunização por oito anos, mas este prazo pode ser maior. As pesquisas estão sendo realizadas há oito anos", concluiu o médico.

A Secretaria Estadual de Saúde recomenda que todas as pessoas acima de nove meses de idade devam ser vacinadas. Indivíduos com mais de 60 anos e gestantes devem antes da vacina se consultar com um médico.




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