Em setembro, o faturamento real do comércio varejista ampliado caiu 1,5% em relação ao mês anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O comércio varejista ampliado setembro engloba as vendas do comércio automotivo e das lojas de materiais de construção. Foi o mês mais fraco do varejo desde maio, quando as vendas caíram 4,9% por causa da greve dos caminhoneiros.
Desde maio, o período mais positivo foi em agosto, (4,2%), graças ao início dos saques das contas do PIS/Pasep, cuja injeção de dinheiro no mercado é estimada em R$ 10,1 bilhões.
Inflação
A inflação mostrou aceleração em setembro de +0,5%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O ramo dos combustíveis e lubrificantes tiveram queda de -2% nas vendas. Já as lojas de materiais de construção tiveram queda de - 1,7% nas vendas.
Em 2018, o preço da gasolina foi o que mais contribuiu para a elevação do índice da inflação. O combustível responde por 1% dos 4,5% do índice oficial da inflação para o período.
Previsões otimistas
Em relação a setembro de 2017, o comércio automotivo representa 11,0% do volume de vendas, no comparativo anual. As vendas do setor superam as de artigos de uso pessoal e doméstico (+3,9%) e das farmácias e perfumarias (+1,9%).
Apesar da redução do nível de transações comerciais, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta crescimento das vendas a um ritmo de 2,4% em relação à segunda metade de 2017. A expectativa para 2019 é de aumento de 5,2%.