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Civil grampeia três membros da milícia de Playboy no Campinho e Praça Seca

Grupo paramilitar do bairro é pioneiro na aliança com o tráfico de drogas, berço da “narcomilícia” no Estado do Rio

Por Portal Eu, Rio! em 27/04/2022 às 14:19:04

Fotos: Divulgação Polícia Civil

A Secretaria de Polícia Civil, por intermédio de policiais civis lotados na Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (DRACO-IE) e na Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), realizou nesta quarta-feira (27), a operação Ambivalence nos bairros do Campinho e Praça Seca, visando cumprir 44 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a integrantes da organização criminosa liderada pelo miliciano Diego Lucas Pereira, vulgo Playboy. A ação contou com o apoio da Corregedoria Interna da Polícia Militar. Três integrantes da quadrilha foram presos em flagrante. Também foram apreendidas armas - inclusive fuzis -, drogas, carregadores, telefones celulares, dinheiro e rádios comunicadores.


Playboy foi capturado por agentes das duas especializadas no dia 22 de setembro de 2020 em decorrência de mandado de prisão pendente. Em seu poder havia anotações típicas da milícia e telefones celulares, que foram investigados pela inteligência da polícia.


Após a análise dos aparelhos telefônicos apreendidos, foi observado que as comunidades são subjugadas à atuação criminosa da milícia, circunstância em que os moradores são obrigados a realizar o pagamento de taxas inerentes à prática de extorsão, sob forma de segurança privada ou outro tipo de serviço, como o consumo de água no âmbito residencial.

Durante a empreitada investigativa, a polícia conseguiu fotos dos indiciados nos postos de “trabalho”, do armamento utilizado pelo grupo paramilitar, com destaque, inclusive para a utilização de fuzis. Dois deles foram apreendidos na ação de hoje (27). Além disso, a contabilidade do gás e a escala de serviço também foram objeto de verificação.

A milícia do Campinho é pioneira na aliança com o tráfico de drogas, fazendo nascer a “narcomilícia” no Estado do Rio, agigantando o poder destrutivo da quadrilha. A inteligência da DRACO detectou que há apoio recíproco entre as facções. O grupo paramilitar ainda contaria com a complacência de alguns agentes ligados às forças de segurança do Estado. Os alvos em questão se dedicam, basicamente, ao monitoramento da região, ostentam armas de fogo, praticam agiotagem e outros crimes relacionados às atividades de milícia.

Tanto a Zona Oeste, quanto a Baixada Fluminense, estão sendo monitoradas diariamente pela Polícia Civil com o objetivo de enfraquecer e liquidar toda e qualquer Organização Criminosa que venha usurpar direitos dos cidadãos locais. A DRACO informou que todos aqueles que, direta ou indiretamente, participem de organizações criminosas, serão responsabilizados.

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