*Deputados da CPI dos Trens voltam a vistoriar a Supervia*
Os deputados integrantes da CPI dos Trens da Alerj voltaram a cobrar da Supervia o retorno do Expresso Santa Cruz, retirado durante a pandemia de Covid. Os parlamentares querem criar uma excepcionalidade no decreto de calamidade para a volta do trem expresso de Santa Cruz até a Central do Brasil. O deputado Luiz Paulo (PSD) disse que a calamidade não pode ser usada como mote para não ter o trem expresso. O problema foi levantado, mais uma vez, durante a inspeção realizada pela CPI na linha férrea, nessa segunda-feira (02/05), no ramal de Japeri.
A Deputada Lucinha(PSD), presidente da CPI, mostrou mais uma vez os problemas decorrentes do serviço prestado pela concessionária. Ela disse que a passagem de cinco reais é muito cara para o usuário, que passa um sufoco diário para o deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa. A parlamentar ressaltou que a CPI dos Trens demorou um ano e meio para ser instalada e agora precisa colocar luz em todos os problemas encontrados no serviço ferroviário do estado do Rio de Janeiro. “Vamos cobrar da Supervia, vamos cobrar do governador, não vamos aceitar isso”, completou Lucinha.
A vistoria realizada no ramal de Japeri constatou a mesma situação da visita anterior ao ramal de Santa Cruz. Dormentes danificados, canaletas entupidas, mato alto, lixo e atrasos nas composições. Os deputados flagraram uma cena que é rotina para milhares de pessoas: trens lotados e passageiros se espremendo para entrar e sair das composições.
"Na maioria das estações falta acessibilidade e há ausência de banheiros. A Supervia também está com problemas operacionais: os trens atrasam, retardando a viagem dos passageiros. Também temos dormentes e trilhos em péssimas condições, o que acarreta uma menor velocidade dos vagões", constatou o deputado Waldeck Carneiro (PSB), relator da CPI.
Ouça no podcast do Eu, Rio! o depoimento do relator da CPI dos Trens, Waldeck Carneiro, sobre o papel da Comissão no recuo do aumento para R$ 7 das tarifas da Supervia e no questionamento da prorrogação antecipada do contrato de concessão, que foi estendido até 2038.
Na última segunda-feira, dia 25, os parlamentares vistoriaram o Ramal de Santa Cruz, e constataram problemas como falta de acessibilidade e de banheiros nas estações, lixo ao longo da linha férrea, dormentes deteriorados - que colocam o sistema em risco - e muros quebrados.
A Agetransp, Agência Reguladora de Transportes do estado, chegou a aplicar multa de R$ 2,2 milhões à SuperVia, que não teria cumprido o Plano de Investimentos pactuado com o governo fluminense, em 2010. O documento previa, entre outros pontos, a reforma e adequação à acessibilidade de 48 estações, além de modernizar e revitalizar os serviços prestados aos passageiros.