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Sol, calor e doenças de pele

Cuidados redobrados com a proximidade da estação mais quente

Por Cristina Ramos em 16/11/2018 às 09:56:00

Água de coco ajuda a hidratar o corpo nos dias mais quentes. Foto: Pixabay

Ainda faltam algumas semanas para o verão começar oficialmente, mas as altas temperaturas já permitem que as pessoas aproveitem os dias de sol na praia ou piscina. Com a chegada da estação mais quente do ano, aumentam os números de insolação, herpes, inflamações e reações alérgicas. Portanto, deve-se ter mais atenção com a higiene do corpo, hidratação, usar roupas leves e muito protetor solar.

A exposição solar tem se tornado um problema bastante discutido na atualidade, faz menção a um fator de risco para saúde pública, porque reflete no aumento progressivo de neoplasias cutâneas. E, quando falamos de doenças de pele no verão, é comum pensarmos em melanomas, manchas e queimaduras de sol.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 80% da exposição solar que vamos acumular ao longo da vida vá ocorrer até os 20 anos de idade. É preciso que as crianças e jovens criem o hábito de usar protetor solar diariamente, com o tipo adequado para sua pele e faixa etária. Bebês de seis meses também podem fazer uso. No Brasil, a produção e comercialização dos filtros solares é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprovou o uso de 33 ativos para a composição dos produtos baseada em estudos de segurança e eficácia.

Pessoas de pele negra têm maior quantidade de melanina o que faz com que haja uma proteção "natural" da pele, mas mesmo assim, precisam usar filtro solar, roupas e acessórios apropriados diariamente, pois também estão sujeitas a queimaduras, câncer da pele e outros problemas.

De acordo com a dermatologista Carla Carvalho Cruz, doenças ligadas ao sol podem ser prevenidas se forem tomados alguns cuidados diários: "as famosas "alergias de calor", que se caracterizam por bolinhas e manchas vermelhas são resultado de muita roupa, suor e calor intenso. Para se prevenir, prefira roupas leves, soltinhas e de preferência de algodão". Para quem adora uma praia, a médica lembra da importância de andar sempre de sandálias e chinelos na areia e no calçadão. "O motivo é a larva migrans (famoso bicho geográfico). A doença é desencadeada por um parasita que dá em cachorro, por isso, é mais fácil o contato ao pisarmos em regiões contaminadas", relata a médica.

Por que será que a herpes é mais comum no verão? Carla Cruz explica que o contato com o sol intenso faz com que a imunidade fique baixa. E isso faz com que o vírus da Herpes se manifeste."A herpes é uma doença infecciosa que se agrava graças as altas temperaturas. A recomendação é utilizar o protetor solar labial especialmente nessa época".

Além dessas doenças mais comuns, é preciso lembrar também da insolação. Dependendo da gravidade ela pode levar a desidratação, queda de pressão, taquicardia, falta de ar e, às vezes, até perda de consciência. Para se prevenir, tome ao longo do dia bastante água, isotônicos ou água de coco para manter o corpo sempre hidratado. "O indivíduo vai perdendo líquido e nem percebe, e depois pode evoluir para um caso bem mais grave", conclui Carla.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) esclarece que a radiação solar é essencial à vida no planeta, e seres humanos privados do sol desenvolvem uma série de doenças físicas e psiquiátricas. Entretanto, é possível expor-se ao sol com cuidado, de forma leve e gradual, evitando queimaduras, câncer de pele e minimizando o envelhecimento, a fim de se beneficiar do bem-estar que ele proporciona. Usar filtro solar e evitar os horários de maior exposição à radiação ultravioleta B, que é entre 10h e 15h, são condutas primordiais.

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