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Traficante Marcelo Piloto é entregue às autoridades brasileiras

Ele foi expulso do Paraguai onde se encontrava e foi levado sob custódia pela Polícia Federal

Por Mario Hugo Monken em 19/11/2018 às 15:57:27

Traficante Marcelo Piloto foi entregue as autoridades brasileiras. Foto: Reprodução

Dois dias após ser acusado de matar uma jovem de 18 anos dentro da cadeia no Paraguai, o traficante carioca Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, foi expulso do país vizinho e foi entregue à Polícia Federal brasileira na Ponte da Amizade, fronteira entre as duas nações sul-americanas, nesta segunda-feira (19).

O juiz Rafael Estrela, titular da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), decidiu que, no Brasil,  Marcelo Piloto, irá para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Ao fazer a inclusão de Marcelo Piloto no Sistema Penitenciário Federal, ele atendeu requerimento da Secretaria de Segurança Pública do Rio que considerava a ameaça à segurança da cidade a internação do traficante em um presídio estadual. Rafael Estrela apontou em sua decisão.“No caso em tela, o apenado Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto possui um histórico de diversas ações criminosas. O apenado se evadiu em agosto de 2007 de unidade prisional estadual e restou recapturado em dezembro de 2017, sendo certo que, durante sua custódia no Paraguai restaram retratados pela mídia a descoberta de diversos planos traçados pela organização criminosa a que faz parte – Comando Vermelho (CV) – no objetivo de resgatá-lo das unidades prisionais daquele País, consoante se infere dos extratos de inteligência trazidos pela Secretaria de Segurança Pública”.

O magistrado lembrou ainda que, noticiário recente, divulgou o assassinato da advogada do traficante Laura Casuso, no Paraguai, e de Lidia Meza Burgos, que visitava Marcelo Piloto na prisão. Assim, ele assinalou na decisão. “Vale dizer, que a excepcionalidade da medida para que o apenado não ingresse no sistema prisional estadual, se justifica em razão der todo o histórico recente ocorrido no curso de sua custódia no Paraguai, bem como a logística empregada pelos meios de segurança, que apontam para o menor custo e maior eficácia na sua inclusão direta no Presídio Federal de Catanduvas, indicado pelo Departamento Penitenciário Nacional, considerando a proximidade com a Cidade de Foz do Iguaçu, local de seu ingresso no País” – finalizou o juiz.


Confira o documento emitido pelas autoridades paraguaias na íntegra:



Forma de se manter no país

A responsabilidade de dar um destino ao traficante fica por conta do delegado federal Carlos Eduardo Vieira Bianchi, de Foz do Iguaçu (PR), que recebeu o bandido. Piloto estava preso no Paraguai desde dezembro de 2017 mas já havia sido confirmada a sua extradição para o Brasil, onde tem uma condenação por 26 anos por assalto com mortes cometido em 1997.

Autoridades paraguaias consideram que o crime cometido no sábado teria sido uma forma que o traficante encontrou de se manter no Paraguai e não retornar ao Brasil. 

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Rodriguez disse que assume todos os riscos pela decisão de expulsar o bandido do seu país  Segundo ele, quatro planos de resgate do traficante brasileiro foram desarticulados nos últimos meses: "Que nosso país não seja terra de impunidade para ninguém", afirmou.

Em uma das tentativas de resgate de Marcelo Piloto, na última semana de outubro, a polícia paraguaia matou três suspeitos e apreendeu cerca de 80 kg de explosivos.  Em outro plano descoberto, no início do mesmo mês, cinco pessoas foram presas e diversas armas recolhidas.  

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