A CPI dos Trens da Alerj cobrou hoje (16/05) dados atualizados dos terrenos ao longo da linha férrea ao presidente da Central Logística, empresa estadual responsável pela zeladoria e conservação do patrimônio permanente da malha ferroviária, Flávio Vieira da Silva, que ficou de enviar relatório em até 15 dias.
Hoje, mais uma vez, houve problema de atrasos nos trens da Supervia nos ramais de Santa Cruz, Deodoro, Gramacho e Japeri. A deputada Lucinha, Presidente da CPI, destacou o problema na sessão e reafirmou que o usuário sofre com o péssimo serviço prestado pela concessionária. “Por exemplo, não existe sinalização no ramal Belford Roxo, o maquinista se comunica através de um celular para pedir permissão e continuar a viagem”, elencou.
Já o deputado Waldeck Carneiro, Relator da CPI, demonstrou preocupação com a precarização do serviço prestado nos trens. "A Central Logística possui apenas 143 servidores, número insuficiente para zelar pelo sistema ferroviário no Estado do Rio, já que aposentou 150 funcionários em 2021. O mínimo que se espera de um Estado que decidiu não mais operar o sistema, em 1998, era que atuasse firmemente na fiscalização e regulação, mas isso não ocorre", disse o parlamentar, ressaltando que o modal possui um serviço custeado exclusivamente pelas tarifas, por isso há necessidade de se propor receitas extratarifárias.
Na sessão de hoje da CPI, Vieira revelou que é a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovia (Agetransp) que fiscaliza o serviço dos trens. “A Central apenas zela pelo patrimônio, mas cede técnicos à agência para estas vistorias”, disse. Ele não soube responder quantas composições estão em atividade, em manutenção e avariadas, mas enviará estes dados à CPI. De acordo com o presidente da Central, existem, atualmente, 49 trens obsoletos que podem entrar em atividade, se necessário.