Os professores da rede pública municipal de Mesquita, na Baixada Fluminense, farão uma paralisação de 24 horas, a partir desta quarta-feira (18), contra a defasagem salarial, o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%, o corte do auxílio-transporte e a proibição de se alimentar nas escolas, entre outros motivos. A greve é organizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe) – Núcleo Mesquita.
As reivindicações da categoria incluem, ainda, arquivamento de PADs (processos administrativos) contra servidores que regularizaram sua situação, em obediência à lei; retorno da licença sindical; criação de canais de diálogo entre a Prefeitura e os Conselhos Escolares; retomada das jornadas municipais de educação e dos seminários; equiparação salarial dos inspetores escolares; chamada dos aprovados nos concursos públicos já realizados e organização de novos concursos; manutenção da qualidade da merenda escolar e fornecimento de uniformes aos alunos da rede.
Nesta terça-feira, diretores do Sepe-Mesquita protocolaram na prefeitura um ofício comunicando a greve. “Mais uma vez houve enorme má vontade por parte da gestão Jorge Miranda para receber um ofício protocolado pelo Sepe. Após um jogo de empurra entre o secretário de educação (Fabio Baiense) e a procuradora-geral (Cláudia Dantas) para saber quem deveria receber o documento, a direção do sindicato posicionou-se de forma contundente em defesa do direito da categoria”, informou o Sepe em nota publicada em seu perfil numa rede social.
O sindicato ainda divulgou uma carta aberta aos pais e responsáveis dos alunos da rede.
“CARTA ABERTA AOS RESPONSÁVEIS
Dia 18 de maio, os educadores de Mesquita estarão realizando uma paralisação. Porque seus salários estão em franca defasagem, sua contribuição previdenciária foi aumentada de 11% para 14%, seu auxílio-transporte foi cortado (para a vasta maioria dos servidores) e, mesmo trabalhando em regime integral, foram proibidos de se alimentar nas escolas, não ganhando qualquer auxílio-alimentação para compensar isso.
A paralisação dos educadores de Mesquita não é apenas por vencimentos: é por respeito e dignidade", diziam trechos do texto.
A Prefeitura de Mesquita não se manifestou, até o fechamento desta reportagem.