Servidores públicos de Belford Roxo reclamam de perseguições por conta dos protestos contra a falta de pagamento de parte dos ativos e inativos do município. Segundo os manifestantes, boa parte dos funcionários está sem receber a dois meses e alguns foram demitidos.
Mesmo enfrentando retaliações, dezenas de funcionários realizaram manifestações de protesto durante a paralisação de 24 horas iniciada em 21 de novembro. Eles gritavam frases contra o prefeito Waguinho (MDB) e exibiam cartazes cobrando o salário não pago.
Em nota, a prefeitura de Belford Roxo informa ao portal Eu, Rio! Que "O atraso de pagamento do mês de outubro está atrelado à queda de alguns repasses. A Prefeitura está aguardando a melhora do fluxo de caixa para pagar todos os servidores".
Já um funcionário municipal que não quis se identificar disse ao portal Eu, Rio! Que está prestes a perder a casa por não conseguir pagar o financiamento que fez. Ele revela que muitos ainda não receberam os atrasados de 2016, ano em que o prefeito da cidade ainda era Dennis Dauttmam (PCdoB).
Com a posse de Waguinho, em 2017, os problemas não terminaram para os servidores municipais:
"Infelizmente a história é triste. Muitos servidores tem adoecido também pela falta de recursos para se manter", disse o servidor.
A história não é nova. Em 2016, ações judiciais foram movidas pela Associação dos Servidores Administrativos do Município de Belford Roxo, pelo Sindicato dos trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro e pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belford Roxo. Cada entidade moveu uma ação, sem sucesso.
"Já temos ações no MP, na vara cível no Fórum em Belford Roxo, mas, até agora nenhuma resposta positiva. Quando colocamos a boca no trombone somos perseguidos, transferidos e nossos pagamentos são bloqueados. Eu mesmo tenho que ter muita fé para conseguir manter meu imóvel financiado pela CEF, pois ainda corro risco de perder, com esses atrasos", disse o servidor.