O Governo do Estado, através da Secretaria de Educação, anunciou nesta terça-feira (31), que vai convocar 600 professores para os cargos de Professor Doc 1 (16 horas). Eles foram aprovados nos concursos públicos promovidos nos anos de 2013 e 2014. A convocação foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Estado.
“Mostramos, mais uma vez, que a educação é prioridade do governo. Queremos que todos os nossos jovens e adolescentes estejam cada vez mais fortalecidos no ensino com o auxílio de profissionais capacitados”, disse o governador Cláudio Castro.
A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) tem realizado ações para atender as carências temporárias e pontuais da rede estadual. Gratificação por Lotação Prioritária (GLPs) aos professores do estado para aulas extras, contratos temporários e renovação de mais de 400 contratados firmados anteriormente, foram algumas das medidas feitas.
“A convocação desses profissionais é uma grande vitória para a educação do Rio. A Seeduc não poupou esforços e esteve o tempo todo na busca de conseguir a autorização para o chamamento dos aprovados nos concursos de 2013 e 2014, a fim de suprir as carências reais da rede pública estadual”, declarou o secretário Alexandre Valle. O cronograma para o processo admissional será divulgado nos próximos dias.
Sepe comemora convocação
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe-RJ) comemorou a convocação do Estado. A entidade considerou a iniciativa como uma vitória da categoria, pois vinha cobrando a medida em todas as audiências com o governo. Os profissionais chamados estavam na fila de espera para serem convocados. O sindicato publicou em seu perfil numa rede social a seguinte nota sobre o assunto:
“O governador do estado RJ autorizou a SEEDUC a convocar 600 professoras e professores que estavam na lista de espera dos concursos de 2013/2014. A autorização saiu no Diário Oficial desta terça-feira (31).
Trata-se de uma vitória da nossa luta em defesa da educação pública de qualidade – luta esta que com certeza remete à convocação de novos profissionais via concurso público.
Assim, o Sepe vem cobrando em todas as audiências com o governo estadual RJ a convocação dos milhares de profissionais aprovados nos concursos de 2013/2014 que estão na fila de espera para serem convocados.
Em audiência pública na ALERJ, dia 28/04, foram apresentados números que comprovam a gravidade da situação da educação pública em nosso estado: em 11 anos, cerca de 30 mil professores deixaram o trabalho – e mesmo com os contratos temporários e mais 15 mil GLPs, ainda existem 16 mil turmas, em todo o estado, com algum tipo de carência.
Segundo o Sepe, há na rede uma carência de 7.806 professores, consequência de óbitos, exonerações e aposentadoria. No concurso de 2014 ficaram no cadastro de reserva 9.905 professores e no de 2013 mais 2.171, em um total de 12.176, além de 910 inspetores de alunos que não foram convocados do concurso de 2013.
Ou seja, a educação necessita de mais investimento para contratar o número de profissionais que a rede necessita, além de melhores condições salariais e de estrutura.
A categoria está em campanha salarial e defende a convocação de todos os aprovados e também novos concursos. Defendemos que o piso nacional do magistério seja a referência para o piso estadual do professor no estado RJ; e do piso regional do Rio de Janeiro para a referência do pagamento dos funcionários administrativos.
No dia 7 de junho, as aposentadas e aposentados da rede estadual farão ato público no Palácio Guanabara pela volta do pagamento do processo Nova Escola, já ganho pelo Sepe na Justiça e que o governo vem protelando pagar, prejudicando, gravemente, cerca de 9 mil aposentados.
Já no dia 22 de junho, toda a rede fará um ato também no Palácio Guanabara, para defender as reivindicações da categoria: recomposição salarial, com o cumprimento, na rede, do Piso Salarial Nacional do Magistério – mesmo com a recomposição salarial de 13,05%, em janeiro de 2022, o piso da categoria continua muito abaixo do piso nacional.
Já os funcionários administrativos estão com o piso salarial abaixo dos salários-mínimos regional e nacional, por isso a importância de lutarmos para que a referência deste segmento da categoria seja a lei do piso regional RJ. Também estamos na luta pela implementação do 1/3 de planejamento, entre outras”, informou o Sepe em nota.