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General diz que não há prazo para forças federais deixarem Belford Roxo

Em entrevista ao portal Eu, Rio!, elogiou ações militares durante intervenção

Por Sérgio Meirelles em 25/11/2018 às 09:44:00

Foto: Agência Brasil

A violência no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, tem levado pânico à população. Os tiroteios entre bandidos ocorrem quase que diariamente, obrigando as pessoas a se enclausurarem em suas próprias casas. Volta e meia diretores de escolas se veem obrigados a cancelar a aula para evitar que algum aluno seja ferido. Toda essa hostilidade tem sido causada pela briga de duas facções criminosas que disputam a venda de drogas no centro da Cidade e em outros bairros.

Na manhã da última quarta-feira (14/11), um policial militar foi morto ao furar o bloqueio montado pelas Forças Federais e após trocar tiros com os militares. O portal Eu, Rio! entrevistou com exclusividade, neste sábado (24/11), o general Antônio Manoel de Barros, comandante do Comando Conjunto da Forças Federais, no Rio, que esteve presente na Ação Comunitária organizada pelo Gabinete da Intervenção Federal. O prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (MDB), também esteve presente.

"Esse não foi o primeiro evento desse tipo que estamos realizando no estado. Fizemos operações de combate à criminalidade, integrado com as forças de segurança do estado do Rio de Janeiro, depois de uma análise do índice de cidadania feito pelas autoridades locais, nós sabemos que o enfrentamento ao crime é uma par da solução do problema, mas o estado tem outras obrigações. Belford Roxo, depois das operações, necessita de serviços. Nós temos que ter sinergia das instituições para exercer a cidadania, que é o melhor preventivo contra o tráfico de drogas", explicou o general, que afirmou que as ações na cidade mudarão a partir da próxima semana, sem informar os locais onde serão feitas.

O militar também falou sobre a morte do policial que furou o bloqueio das Forças Armadas no último dia 14.

"Nós somos fiscalizados pelo Ministério Público Militar. Quando há uma anormalidade, instauramos inquérito policial militar. A perícia colheu provas. Relatório final será encaminhado ao Ministério público Militar, que pode oferecer ou não a denúncia de algum militar da forças federais. 30 dias, podendo ser prorrogado. Não posso adiantar detalhes porque o inquérito corre em segredo de justiça. O que eu posso adiantar é a total transparência do ocorrido", relatou o general, que elogiou as ações feitas durante a intervenção.

"Nós atuamos com um trabalho de inteligência integrada com os órgãos de segurança pública. Planejamento estratégico. Quando vamos atuar já sabemos quais são as facções criminosas, como atuam e dependendo desse levantamento já temos os nomes dos líderes dessas facções. Não pode ser uma ação abrupta. E aí eu destaco que esse trabalho vem dando certo porque já fizemos mais de 200 operações desse tipo. Nós não tivemos nenhum civil, nenhum inocente ferido nessas ações militares. Isso é a prova que essa estratégia dá certo. O enfrentamento acaba acontecendo pela irracionalidade dos bandidos, agentes perturbadores da ordem. Em Belford Roxo foram feitas mais de 24 prisões, apreensão de drogas, retirada de mais de 40 barricadas, em termos de valores as apreensões passam de meio milhão de reais", finalizou.

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