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Confiança do consumidor chega a 93,2 pontos, segundo FGV

Índice divulgado demonstra melhor expectativa para o futuro

Por Cláudia Brito de Albuquerque e Sá em 26/11/2018 às 23:08:51

Foto: Pixabay

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas aumentou para 93,2 pontos em Novembro. Em outubro o indicador subiu quatro pontos e em novembro o crescimento foi de 7.1. Após avançar pelo segundo mês consecutivo, o índice acumula alta 11,1 pontos no bimestre outubro-novembro, a maior da série histórica iniciada em setembro de 2005. Esse é também o maior indicador desde julho de 2014.

A sondagem foi feita com 1.776 consumidores, entre os dias 1 e 21 de Novembro, em Brasília e nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. As principais perguntas feitas sondaram a avaliação sobre a situação econômica atual do país e a condição financeira familiar, além da perspectiva para os próximos seis meses da situação financeira do país, da condição financeira familiar e da intenção de compra de bens duráveis.

"A confiança cresceu em todas as faixas de renda e nas regiões avaliadas. Há um otimismo sobre a situação econômica do país. Uma melhora tanto na expectativa para os próximos seis meses quanto em relação à situação atual. Também em relação aos empregos, os consumidores estão mais esperançosos. Esse resultado está muito relacionado com o resultado das eleições. Antes, havia uma incerteza muito grande que deixava os consumidores cautelosos", avaliou a coordenadora da Sondagem do Consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Viviane Seda Bittencourt.

Ela afirmou que a melhora da confiança já era esperada, pois costuma acontecer no término de uma eleição essa espécie de "Lua de Mel", mas na eleição passada, em novembro de 2014, esse crescimento não aconteceu.

"Houve uma queda da confiança, de 91,3 para 86,3. Essa baixa é justificada também pelo início da crise econômica em 2014. Na sondagem desse mês, acredito que a melhora aconteceu porque o resultado das eleições gerou uma mudança não somente de viés político, mas também de partido. Além disso, a baixa popularidade do presidente Temer faz a entrada de um novo presidente melhorar essa expectativa até mesmo antes da posse", concluiu.

A próxima divulgação da sondagem será 21 de dezembro, com os resultados coletados até o dia 20. As entrevistas avaliam quatro faixas de renda: até R$ 2.100, entre R$ 2.100 e R$ 4.800, de R$ 4.800 até R$ 9.600 e acima de R$ 9.600. As entrevistas são feitas pelo telefone e têm um perfil bem heterogêneo.

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