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Witzel quer a prorrogação da ação militar na segurança do Rio de Janeiro

Contrário à venda da Cedae, o governador eleito anunciou medidas em relação à Segurança e ao rombo do Estado

Por Cláudio Rangel em 28/11/2018 às 10:27:56

Governador eleito diz que Rio ficará no ‘azul’ no final de 2019 (Foto: Cláudio Rangel)

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que vai requerer ao futuro presidente a prorrogação da medida provisória que decreta o uso da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Estado. O anúncio foi feito durante coletiva realizada nesta terça-feira no Palácio Guanabara. Witzel deixou de responder questões sobre o futuro do relacionamento entre ele e o presidente eleito Jair Bolsonaro.

A GLO é um conjunto de operações militares decretadas pelo presidente da República em casos em que as forças policiais não conseguem manter a ordem. Essas ações fazem parte da intervenção decretada pelo presidente Michel Temer no Rio de Janeiro.

Witzel também anunciou mudanças na segurança pública

“Nós pretendemos instalar algumas centenas de câmeras além de outros equipamentos  a partir de janeiro nos pontos mais críticos onde há roubos de carros e furtos a transeuntes”, disse.

Em relação à segurança pública, Witzel disse que pretende contratar mais policiais a partir de janeiro de 2019, mas quer ajuda do governo federal:

“Vou entregar ao presidente o requerimento de prorrogação da GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Vamos aguardar se ele vai definir ou não”, disse, evitando falar de sua relação com Jair Bolsonaro.

Ainda em dezembro, Witzel pretende ir a Londres para conhecer o sistema de reconhecimento facial por meio de câmeras. Ele quer instalar o sistema que ficará ligado ao Instituto Félix Pacheco e será utilizado para identificar e prender pessoas com mandado de prisão em aberto.

Outra novidade anunciada pelo futuro governador é a adoção de drones na segurança pública, inclusive em comunidades:

“Quanto mais tecnologia que investirmos melhor será para evitar situações de risco para prender essas pessoas. Nós precisamos vigiar e identificar quem são os associados ao tráfico e prendê-los”, disse, acrescentando que pretende instalar o  departamento de combate a lavagem de dinheiro para identificar aqueles que financiam as drogas.

Rombo no estado

O governador eleito disse ainda que pretende fazer com que a economia do Rio de Janeiro fique no ‘azul’ até o final de 2019. Em relação à Cedae, Witzel frisou que a companhia não é uma ‘forma de pagamento’:

“A Cedae  tem créditos a receber de mais de 5 bilhões de reais com o governo federal. É algo que vou levar para o Paulo Guedes para dizer que a Cedae não precisa ser privatizada e temos condições de pagar essa dívida sem a venda da Cedae, mas que no momento está colocada como garantia”.

Evitando em falar em Bolsonaro, Witzel disse que o orçamento do Estado apresenta rombo é de 8 bilhões de reais. Ele culpa a crise que afetou o Rio de Janeiro em razão da corrupção que atingiu o governo Cabral e refletiu no governo do Pezão e a queda do royalties do petróleo, etc.

“Isso começa a ser modificado. O Rio tem uma ascensão econômica. Podemos chegar até 2019 no azul. Pretendo levar ao ministro Paulo Guedes que a Cedae tem créditos a receber para compensar esses débitos. O principal recado da equipe econômica é que a Lei de Responsabilidade Fiscal está dando resultado. É possível mantê-la”.

Witzel anunciou que pretende realizar parcerias público-privadas para a recuperação de rodovias, principalmente no oeste do estado, e promover a duplicação da BR 040.

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