Você já ouviu falar em Síndrome de Burnout? É considerada uma doença crônica prolongada provocada por condições de trabalho negativas, considerada uma doença do trabalho. Está em terceiro lugar depois da depressão e distúrbio de ansiedade nos atendimentos em consultórios psicológicos; mas tem tratamento, segundo especialistas.
De acordo com o Portal Drauzio Varella, a Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. Professores e policiais estão entre as classes mais atingidas.
A psicóloga clínica Wilsimara Souza explicou que a Burnout começa com uma situação de estresse no ambiente de trabalho e gera sintomas físicos. A alta da doença está acontecendo na retomada da normalidade no período pandêmico em que as pessoas passam pelo momento de crise gerado pela síndrome.
Sudorese, manchas do corpo, aumento da pressão arterial, sono, dor de cabeça e estômago são alguns dos sintomas físicos que a doença ocasiona. Na parte psicológica está a ansiedade, baixa autoestima, irritabilidade, perda de memória e de sono. "A diferença entre a Burnout e a crise de ansiedade é que essa última acontece esporadicamente em determinado espaço de tempo. Já a Burnout desenvolve sintomas fixos e também desenvolve gatilhos, onde a pessoa só de pensar em ir para o trabalho já pode entrar em crise", explicou.
Wilsimara: Burnout tem sintomas fixos. Foto: Divulgação
Mas a pós graduanda em Terapia Cognitivo- Comportamental também explicou que a síndrome tem diagnóstico certo e tratamento. "O diagnóstico acontece em uma ação conjunta entre psicólogo e psiquiatra através de um laudo. O mais importante é entender a causa, o que sente para administrar e enfrentar processo, rupturas e abalo emocional causado. As pessoas que são diagnosticadas com a Burnout precisam compreender o seu limite. A partir disso, é possível a administrar o que está no seu controle e no seu alcance. O limite é muito individual e cada um tem o tempo, espaço e modo de lidar. Outro ponto é desacelerar e incluir no dia a dia momentos de lazer e regularizar o sono", finalizou Wilsimara Souza, que também é pesquisadora sobre as relações e relacionamentos contemporâneos.