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Brasil alcança a maior parcela em 11 anos do fenômeno Geração Canguru

Cada vez mais aumenta o número de jovens que permanece na casa dos pais

Por Viviane Boscoli em 28/11/2018 às 17:22:30

Jovens prorrogam, cada vez mais, a saída da casa dos pais. Foto: Pixabay

Geração Canguru é o nome que se dá ao grupo de jovens, entre 25 e 34 anos, que têm prorrogado a saída da casa dos pais. Uma tendência que tem crescido em nosso país. O que era muito comum antigamente buscar a independência, hoje em dia vem mudando gradativamente e iniciando uma nova perspectiva.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa faixa etária, aumentou de 24,3% para 25,3% a porção de jovens que permanecem na condição de filho nos domicílios entre 2014 e 2015. Para o Instituto, essa foi a maior parcela em 11anos. Esse nome "geração canguru" se tornou conhecido através de um estudo em 2010 sobre o assunto feito por duas pesquisadoras do IBGE, Ana Lúcia Sabóia e Barbara Cobo.

Esses resultados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais - Uma análise das condições de vida da população brasileira (2016), e a fonte utilizada para o levantamento publicado pelo IBGE foi a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad 2015).

Nessa pesquisa, o IBGE ressaltou o fato de que, em 2015, a taxa de ocupação no mercado de trabalho de jovens nessa faixa de idade que moravam com os pais era de 71,7%, muito parecido ao percentual de 75,1% da ocupação de outras pessoas entre 25 e 34 anos que não permaneciam com os pais. Portanto o instituto insinua que ficar na casa dos pais não está associado à falta de trabalho. Além do que esses jovens que permaneciam com os pais possuem mais escolaridade, logo a escolha de ficar em casa deve estar relacionada ao prolongamento do estudo.

De acordo com o Instituto, 35,1% da geração possuíam ensino superior incompleto ou nível mais elevado e a média de tempo de estudo foi de 10,7% anos e 13,2% no grupo que ainda estudava. Os indicadores apresentaram valores menores para os jovens que não viviam com os pais, 20,7% anos tinham ensino superior incompleto ou nível mais elevado e a média de anos de estudo era de 9,8 anos e apenas 7,2% para os que ainda estudavam.

O IBGE em 2015 constatou 71,2 milhões de arranjos familiares, presentes em 68,177 milhões de casas particulares, sendo que esses arranjos podem ou não ser com ou sem parentesco. Os elementos do levantamento revelaram que nos arranjos familiares com parentesco, o núcleo familiar mais comum continua sendo formado por casal com filhos. Entretanto, existe uma queda da participação desta classificação, que diminui de 50,1% para 42,3% da totalidade de arranjos familiares, entre 2005 a 2015. No ano de 2014 o percentual era de 42,8%.

Por outro lado, a parcela de famílias compostas por casal sem filhos passou a ser mais expressiva, de 15,2% para 20,0% entre 2005 a 2015. Em 2014, a parcela era de 19,9%.

Nas famílias formadas somente por mulheres sem cônjuge e com filhos morando ficou parcialmente estável no período, passando de 18,2% para 16,3%, entre 2005 a 2015. Em 2014, era de 16,2%.



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