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Complexo do Salgueiro funciona como 'franchising do tráfico' do CV, aponta investigação

Busca pelo 2N, chefe do tráfico do Salgueiro, continua

Por Mario Hugo Monken em 29/11/2018 às 10:20:41

2N é um dos traficantes mais procurados do Rio (Foto: Disque Denúncia)

Uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu que o.Complexo de Favelas do Salgueiro, em São Gonçalo,  funciona como uma espécie de franchising do tráfico. As drogas são “endoladas” (acondicionadas) no local e posteriormente distribuídas para outras comunidades que compõem as ramificações do crime na Região.e em outros municípios.                                                      

As investigações apontaram o Salgueiro como entreposto de armas e drogas para comunidades dos municípios de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, Magé,  Cachoeiras de Macacu e Região dos Lagos. Os bairros de Gebara, Boaçu, Carobinha, Mutuapira, Colina, Jockey, Papucai e Unamar estão entre os locais para onde os criminosos expandiam seus negócios.

A Polícia Civil,, em parceria com o Comando Conjunto e o Ministério Público do Rio, deflagrou nesta quinta-feira (29/11) uma megaoperação no Salgueiro para combater a quadrilha. Com duração de um ano e três meses, a investigação identificou grande parte do núcleo da quadrilha de traficantes, que atua em diversas comunidades que compõem o complexo e tornou-se o principal braço da facção criminosa Comando Vermelho (CV) fora do município do Rio.

Verificou-se que a incidência de crimes em São Gonçalo está intimamente ligada ao fortalecimento dessa organização criminosa na cidade, já que a atuação desses traficantes não se restringe ao comércio ilícito de entorpecentes, mas também à prática de roubos de veículos, roubos de cargas e ameaças, entre outros.

O tráfico local é liderado por Thomas Jhayson Vieira Gomes, vulgo “2N” ou “Neném”, um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro. Ele foi indiciado e denunciado pelos crimes de associação para o tráfico de drogas, porte ilegal de arma de uso restrito e tráfico de drogas (três vezes), o que pode somar penas de mais de 60 anos de prisão.

Durante as investigações, foram monitorados alguns fornecedores de armas e drogas para a facção criminosa, entre eles o narcotraficante Marcelo Pinheiro Veiga, vulgo “Marcelo Piloto”, que estava preso no Paraguai e foi deportado para o Brasil no dia 19/11.

Foi por meio dessa investigação que as forças de segurança do Rio de Janeiro conseguiram realizar a prisão do narcotraficante no distrito de Encarnacion, com o apoio da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) e da DEA (Drug Enforcement Administration, órgão americano de combate às drogas). O trabalho policial evidenciou o papel de “Marcelo Piloto” como traficante internacional e principal fornecedor de armas para a facção.
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