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'Absoluta vulnerabilidade'

Anestesista flagrado estuprando mulher durante o parto tem prisão convertida em preventiva

Em audiência de custódia, na terça, juíza nega liberdade provisória a acusado, pela 'brutalidade e crueldade' do crime


Preso em flagrante graças a um vídeo gravado pela equipe de Enfermagem, Giovanni Quintella responderá por estupro de uma paciente durante o parto. Foto: Reprodução Internet

Em audiência de custódia realizada nesta terça-feira (12/7), a juíza Rachel Assad indeferiu a liberdade provisória e converteu a prisão em flagrante em preventiva do anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Ele foi denunciado por estuprar uma mulher durante o parto no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O crime ocorreu no domingo (10/7). O processo tramita em segredo de Justiça para preservar a identificação da vítima.

Na decisão, a juíza chamou a atenção para a gravidade do ato praticado pelo acusado, que sequer se importou com presença de outros profissionais, atuando ao seu lado, na sala de cirurgia.

“A gravidade da conduta é extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico. Portanto, sequer a presença de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a decretação de prisão preventiva, sem duração predeterminada, do anestesista Giovanni Quintella, gravado estuprando uma paciente durante uma cesariana, no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

A magistrada destacou ainda a brutalidade e a crueldade da ação, divulgada pelos mais diversos meios de comunicação, demonstrando o mais completo desprezo do custodiado pela dignidade da mulher, pela ética médica e pelo compromisso profissional que firmara não havia muito tempo.

“Em um parto onde a mulher, além de anestesiada, dava luz ao seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários”, completou.


Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

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