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Histórico "Edifício A Noite", no Centro do Rio, não tem compradores

Entidades empresariais atribuem falta de interesse ao preço pedido pelo governo federal, dono do imóvel

Por Portal Eu, Rio! em 14/07/2022 às 19:04:27

Edifício 'A Noite'. Foto: Agência Brasil

Fracassou a terceira tentativa do governo federal de leiloar o edifício A Noite, símbolo da arquitetura art déco na Praça Mauá, Centro do Rio. O edifício foi oferecido nesta quinta-feira (14) pelo preço mínimo de R$ 38,5 milhões, 60,71% inferior aos R$ 98 milhões que o governo federal cotou na primeira tentativa de pregão eletrônico, em abril do ano passado. Mesmo assim, não apareceram interessados.

“O problema é a falta de diálogo do poder público, seja ele municipal, estadual ou federal, com o mercado imobiliário e a construção civil. Por diversas vezes sinalizamos que o valor do edifício A Noite precisa levar em consideração os altos custos das intervenções necessárias para reformar e transformar o uso do prédio, além das sucessivas elevações no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Essa conta não fecha com o valor pedido pela União, pois o preço limite de venda de unidades residenciais no Centro fica entre R$ 9,5 mil e R$ 10 mil por metro quadrado”, afirmou Claudio Hermolin, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio).

Para o presidente da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário no Rio de Janeiro (Ademi-RJ), Marcos Saceanu, qualquer investimento imobiliário exige viabilidade técnica e financeira, principalmente no caso do edifício A Noite, que se encontra vazio há muito tempo. “O mercado já vinha sinalizando que o valor mínimo pedido pelo governo federal nos leilões anteriores estava muito mais alto do que as empresas pagariam diante das necessidades de retrofit. Se o preço estivesse de acordo com a avaliação de mercado, não teriam faltado interessados nesta aquisição”, destacou.


Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre o pregão do primeiro arranha-céu do Rio, que abrigou até uma década atrás os estúdios da emissora e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Por Portal Eu, Rio!
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