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Pais de alunos com deficiência denunciam problemas na educação inclusiva em Niterói

Segundo eles, faltam ainda cozinheiras escolares para atender à demanda e profissionais com formação em primeiros socorros

Por Anderson Madeira em 14/07/2022 às 22:29:34

Foto: Divulgação

Alunos com deficiência que estudam na rede pública municipal de ensino em Niterói não estão tendo o devido atendimento. Faltam ainda cozinheiras escolares para atender à demanda e profissionais com formação em primeiros socorros. Os pais de alunos têm denunciado precariedade na educação especial no município e pedem providências do poder público.

“Há falta de professores de apoio educacional especializado, comprometendo a fluidez e o funcionamento pleno das atividades desenvolvidas com os alunos com deficiências, dificultando o processo de inclusão educacional dos mesmos. Também há carência de professores volantes e coordenadores de turno para cobrir o direito a faltas abonadas e tempos de planejamentos garantidos em lei”, citou um pai de aluno, que preferiu não se identificar por temer represálias.

Segundo ele, há ainda déficit permanente de cozinheiras escolares, visto que a modulação proposta não supre as demandas vivenciadas cotidianamente para a garantia da alimentação escolar em uma escola de ensino integral que funciona por 9 horas diárias com alunos.

"Explicitamos também o impacto econômico gerado pela diminuição de verbas recebidas pela escola para manutenção e aquisição de materiais de uso regular, como materiais de higiene básica, limpeza, material de uso culinário, de uso pedagógico e afins. Há ainda a necessidade de um profissional com formação em primeiros socorros para atender as demandas da unidade escolar nos acidentes diários, durante o período que as crianças permanecem neste espaço”, disse o pai.

Procurada, a prefeitura respondeu que a Secretaria de Educação vem empregando esforços para superar os desafios da educação especial. A Rede Municipal de Educação está realizando a contratação de 70 professores de apoio especializado que serão incorporados ao quadro para suprir as necessidades da Educação Especial a partir do segundo semestre. A previsão é que, até o fim do ano, o concurso público supra as contingências atuais do atendimento da Educação Especial.

A bidocência, caracterizada pela parceria entre professores do ensino comum e professores de suporte da educação especial, tem sido um dos focos de estudos com vista à resolução da carência de professores na Rede Pública Municipal. Como consequência disso, foram criadas duas comissões especiais, através das Portarias nº 577/2022 e nº 578/2022, publicadas em maio, que têm como objetivo a elaboração dos editais do VII Concurso Público e de Contratação Temporária, que já está sendo executada.

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