A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi contratada pela Secretaria de Estado de Transportes para elaborar a nova modelagem do edital de licitação que escolherá a empresa responsável pelo transporte aquaviário de passageiros e cargas no estado do Rio. O contrato de concessão com a CCR, atual responsável, termina em fevereiro de 2023.
O Governo do Estado garantiu, em nota, que não há perspectiva de interrupção da prestação do serviço à população.
“A Secretaria de Estado de Transportes informa que seguem em andamento todos os trâmites junto à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição responsável pela elaboração da nova modelagem do sistema aquaviário. A Setrans ressalta que não considera qualquer perspectiva de interrupção da prestação do serviço para o atendimento à população”, disse a secretaria, em nota.
Na UFRJ, caberá ao Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós Graduação e Pesquisa em Engenharia) elaborar a modelagem. Procurada, a instituição disse que ainda realiza reuniões para definir como será o trabalho e quando ele será concluído.
No próximo dia 9, às 10h, a Setrans realiza audiência pública para discutir o processo de estruturação de um novo modelo para a prestação do serviço público de transporte aquaviário coletivo intermunicipal de passageiros e cargas no estado, no Salão Nobre da Decania do Centro de Tecnologia, Bloco A, 2º andar, Ilha do Fundão, Cidade Universitária, UFRJ. Foram convidados representantes da sociedade de Angra dos Reis, Duque de Caxias, Ilha do Fundão, Ilha do Governador, Ilha Grande, Paquetá, Mangaratiba, Magé, Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo e Sepetiba.
O Movimento Baía Viva, que desde os anos 1980 atua na melhoria e ampliação do transporte aquaviário na Baía da Guanabara, confirmou que irá ao evento e festejou a contratação do Coppe.
“Estamos felizes que a UFRJ tenha sido contratada para fazer a modelagem deste edital de licitação, o que garantirá maior transparência e uma efetiva participação da sociedade civil, dos moradores/as das ilhas da Baía de Guanabara e dos usuários de barcas.”, comemorou Sérgio Ricardo, co-fundador do Movimento Baía Viva.
A ONG pediu ao Governo do Estado a cópia da documentação relativa à parceira, para conhecer o escopo dos estudos da modelagem do futuro edital de licitação. Até o momento, o Baía Viva não foi atendido. “Defendemos que o novo edital inclua mais linhas para Paquetá, que embora não tenha o mesmo retorno financeiro que a Ilha do Governador, tem forte atrativo turístico. Até a pandemia, eram oito horários para Paquetá. Agora são só quatro. Defendemos criação de linha entre Ilha do Governador e Paquetá, o que proporcionaria economia para os passageiros. Poderia haver integração também entre as barcas e as linhas de ônibus em Niterói. Os passageiros pagariam menos passagem”, citou Sérgio Ricardo.