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Fiocruz e OMS estimulam leite materno como alimento natural para melhorar saúde dos bebês

Empresa Cidadã aumenta licença maternidade para seis meses, e profissionais de Saúde pedem maior adesão

Por Portal Eu, Rio! em 01/08/2022 às 16:38:10

O leite materno é o melhor alimento durante os primeiros seis meses de vida, pois tem tudo o que o bebê precisa, inclusive água. Foto: Ascom IFF Fiocruz

De 1° a 7 de agosto, a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) é celebrada todos os anos em mais de 170 países, como iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e de seus parceiros, a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). A mobilização tem como objetivo promover a amamentação como alimento natural por excelência para melhorar a saúde dos bebês do mundo. Para chamar a atenção para a data e reforçar a conscientização da sociedade, o Castelo Mourisco, sede da Fiocruz no Rio de Janeiro (RJ), será iluminado de dourado durante as noites dos dias 2 e 3 de agosto.


No Brasil, desde 2017, o apoio à amamentação não se promove apenas durante a SMAM, e sim durante todo o mês, seguindo a Lei Nº 13.435, que instituiu o mês de agosto como Mês do Aleitamento Materno, conhecido como Agosto Dourado, devido à cor que simboliza o padrão ouro de qualidade do leite humano. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH) e o Banco de Leite Humano (BLH) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) se juntam à campanha.

“O leite materno é o melhor alimento durante os primeiros seis meses de vida, pois tem tudo o que o bebê precisa, inclusive água, protege a criança de infecções respiratórias e diarreia, reduz o risco de desenvolver hipertensão, diabetes e obesidade na vida adulta, e, dependendo do peso do recém-nascido, apenas 1ml já é o suficiente para nutri-lo a cada refeição”, informa a coordenadora da rBLH e do BLH do IFF/Fiocruz, Danielle Aparecida da Silva.

O leite humano é considerado o alimento mais económico, renovável, ecológico e seguro que existe, não precisa de embalagem, não contamina e nem deixa desperdício. “A amamentação mantém uma conexão profunda entre a saúde e os ecossistemas do planeta, resultando em um dos melhores investimentos para reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde e o desenvolvimento social e econômico das populações”, explica Danielle.

Embora a amamentação seja tradicionalmente considerada domínio da mãe, quando os pais, famílias e a sociedade a apoiam, as taxas de amamentação aumentam. “Adotar uma abordagem inclusiva sobre o aleitamento materno que agregue pais, amigos, familiares, colegas de trabalho e comunidade é fundamental para criar um entorno propício, que permita às mães amamentar de forma otimizada”, destaca ela.

O Brasil conta com políticas inclusivas na área de aleitamento materno, para além da licença-maternidade e a licença-paternidade, a fim de incentivar a amamentação.

“Desde 2008, o Programa Empresa Cidadã estende tal licença em até seis meses, período indicado pela OMS para o aleitamento materno exclusivo, mas, infelizmente, este projeto ainda não alcançou 100% das empresas em nosso país. Outras políticas que favorecem a amamentação, como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), os Bancos de Leite Humano (BLHs), a Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAM), a Rede Amamenta e Alimenta e a Mulher Trabalhadora que Amamenta, permitem que a informação e locais de apoio estejam próximos à mãe e às suas famílias para facilitar que a amamentação ocorra da forma exclusiva recomendada”, esclarece Danielle.

A alternativa para os bebês prematuros ou com condições crônicas de saúde é se alimentar com o leite materno doado. Por isso, o BLH do IFF/Fiocruz realiza regularmente campanhas que visam aumentar o número de doadoras, estoques de leite e frascos de vidro com tampa de plástico, essenciais para o armazenamento do leite doado, para atender os recém-nascidos internados na Unidade de Terapia (UTI) Neonatal, especialmente durante os períodos de festas e férias, quando o volume de leite materno coletado costuma diminuir.

Aleitamento materno é seguro e previne doenças não transmissíveis



No contexto da pandemia de Covid-19, a mulher deve continuar amamentando o seu bebê, mesmo que tenha tido contato com alguém infectado. “Em caso de a mãe apresentar alguns sintomas gripais, deverá seguir os protocolos de higiene antes de amamentar e usar máscara durante a amamentação do seu bebê. Independente do período que estamos passando, é necessário apoiar as mulheres amamentarem, pois já comprovamos que os nutrientes do leite materno, inclusive, previnem doenças não transmissíveis”, ressalta Danielle.

Fonte: IFF/Fiocruz

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