O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) "peitou" duas vezes as Forças Armadas ontem (08). Na primeira, negou o acesso aos arquivos das eleições de 2014 e 2018 - por ter sido feito fora do prazo. Depois, expulsou o coronel Ricardo Sant’Anna, que fazia parte da Comissão de Fiscalização do Sistema Eletrônico de Votação por ter espalhado informações falsas sobre as urnas eletrônicas.
Em pesquisa realizada no ano passado pela Ipsos, a credibilidade das Forças Armadas vai de mal a pior: 35% dos brasileiros diziam acreditar nos militares, taxa que caiu para 30% este ano. A média nos 28 países em que o instituto fez a pesquisa é de 41%.
O ministro Edson Fachin, presidente do TSE, afirmou que a função de fiscalizar o processo eleitoral deve ser exercida por pessoas em quem o Tribunal e a sociedade podem confiar.
Os ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral têm sido uma constante entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. No entanto, nunca houve qualquer comprovação de que a votação em alguma eleição tenha sido alvo de tentativa de manipulação.