Aos poucos, mais uma história disseminada nas redes sociais começou a ser explicada. Tudo começou depois que um vídeo de um idoso sendo agredido viralizou na Internet. O advogado Humberto Cavalcante, 34, viu seu nome ser envolvido numa história que chocou muitos usuários. Nas imagens, ele aparece agredindo José Guilherme Santiago da Silva, 69, em uma rua do bairro do Cordeiro, no Recife.
O caso ocorreu no último sábado (1). No entanto, nesta quinta-feira (6), Humberto Cavalcante deu uma entrevista para uma emissora de TV local. Nela, ele assumiu que realmente agiu sem pensar, mas que tinha sofrido um golpe de estelionato dado pela suposta vítima.
"Ele e outra pessoa roubaram meu carro. Nesse golpe, eu perdi R$ 27 mil e quando fui à delegacia não havia delegado para fazer a diligência. Isso é bem complicado. Principalmente, quando você ver o sujeito livre e andando na rua. Infelizmente, errei quando o agredi, mas, em seguida, liguei para a polícia", declarou.
Humberto ainda disse que tudo aconteceu por causa da transação de venda do carro da sua mãe. Segundo ele, quando anunciou o veículo, um homem chamado Osvaldo lhe procurou. Na verdade, essa pessoa era cúmplice de José Guilherme. Foi o idoso que visitou o advogado, deu uma volta no veículo e quis fechar negócio.
"Depois que fechamos, fomos ao cartório fazer a documentação e realizar a vistoria. Nesse tempo, fiquei aguardando o depósito na minha conta. Quando ligamos para o tal Osvaldo, ele falou que estava na fila do banco. Para confirmar, enviou uma foto que achou no google. Na hora, nem prestei atenção. O dia se passou e, somente às 17h, o comparsa enviou um comprovante de transferência on-line. Como já tínhamos efetuado a vistoria, eu confiei no que vi e fui embora", contou.
De acordo com Humberto, apenas no outro dia, ele descobriu que havia sido enganado. Isso porque, a gerente do banco lhe informou que o depósito realizado era com um cheque sem fundos.
"Imediatamente, liguei para o Osvaldo, mas ele me bloqueou no WhatsApp. Em seguida, falei com o Guilherme que disse que não estava mais com o carro e tinha feito um grande negócio. Eu fui até um dos seus endereços e fiquei mais de duas horas esperando para irmos à delegacia. Entretanto, ele não apareceu. Fiz o boletim de ocorrência e junto com o escrivão identifiquei que o José Guilherme tinha diversos processos criminais. Inclusive, um mandado de prisão em aberto", explicou o advogado.
Para ele, devido algumas circunstâncias, a história já havia sido encerrada e não haveria mais possibilidades de ter o dinheiro de volta, pois a delegacia de Pinheiros, onde prestou queixa, estava sem delegado.