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Operação Sol Poente

Polícia desarticula quadrilha que roubou mais de R$ 700 milhões de idosa, a mando da filha

Vítima de 82 anos, viúva de um dos maiores colecionadores de arte do Brasil, transferiu dinheiro para falsas videntes


Policiais civis deflagram uma operação para desarticular uma quadrilha acusada de subtrair mais de R$ 720 milhões de uma idosa. Foto: Reprodução

Policiais civis da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (DEAPTI) deflagram, na manhã desta quarta-feira (10/08), uma operação para desarticular uma quadrilha acusada de subtrair mais de R$ 720 milhões de uma idosa, de 82 anos, entre obras de arte de artistas renomados, joias e transferências bancárias. Ao todo, os agentes tem o objetivo de cumprir seis mandados de prisão, além de decisões judiciais de busca e apreensão e bloqueio de bens. A Operação Sol Poente levou este nome em referência a um dos quadros roubados da idosa, uma pintura de Tarsila do Amaral cotada em R$ 250 milhões.

Sol Poente, de Tarsila do Amaral, é uma das obras roubadas e tem o valor estimado em R$ 250 milhões

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre o golpe tramado pela própria filha contra a mãe de 82 anos, viúva de um dos maiores colecionadores de arte do Brasil.

De acordo com as investigações, a empreitada criminosa foi articulada pela filha da vítima. O golpe começou a ser aplicado em janeiro de 2020, quando a idosa, que é viúva de um grande colecionador de arte e marchand, saía de uma agência bancária, em Copacabana. Naquela ocasião, ela foi abordada por uma mulher que se intitulava vidente e disse que sua filha estaria doente e que morreria em breve.

Por ter um lado místico e uma filha que enfrenta problemas psicológicos desde a adolescência, a idosa foi convencida, inclusive pela filha, a realizar os pagamentos solicitados para o tratamento espiritual proposto. Entre os dias 22 de janeiro e 5 de fevereiro de 2020, foram realizadas oito transferências bancárias que ultrapassavam R$ 5 milhões.

Alguns dias após o início do falso tratamento, a filha começou a isolar a mãe das pessoas de convívio regular, além de dispensar funcionários que prestavam serviços domésticos. Foi então que a vítima desconfiou e suspendeu o pagamento de valores. A partir daí, passou a ser agredida e ameaçada. As únicas visitas à residência eram feitas por comparsas, que passaram também a ameaçar a idosa, que voltou a realizar as transferências.

Além de dinheiro em espécie e joias, mais de R$ 700 milhões foram roubados em quadros de artistas como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti. Ao todo, foram 16 obras. Três delas, avaliadas em mais de R$ 300 milhões, foram recuperadas em uma galeria de arte de São Paulo. O proprietário do estabelecimento confirmou que vendeu outras duas para o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires. Ele não desconfiou por conhecer a família e pelos quadros terem sido entregues a ele pela própria filha da idosa.





PCERJ e Radioagência Nacional

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