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Bolsonaro diz que o dinheiro que recebeu de ex-assessor parlamentar é legal

Futuro presidente disse, ainda, que ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque

Por Sérgio Meirelles em 08/12/2018 às 18:29:29

Foto: Sérgio Meirelles

O deputado federal e próximo presidente do Brasil Jair messias Bolsonaro (PSL) voltou a se explicar, na manhã deste sábado (0812), sobre o dinheiro que recebeu do ex-policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor parlamentar do seu filho, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC). Queiroz está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por movimentação financeira suspeita. Queiroz teria repassado R$ 40 mil à Michelle Bolsonaro, futura primeira-dama do país. Jair Bolsonaro confirmou o recebimento do dinheiro, mas afirmou que ele é de procedência legal e que, a pedido seu, sua mulher apenas depositou a importância no banco.

As explicações sobre o fato foram dadas aos jornalistas, em uma coletiva de imprensa que ocorreu logo após a formatura de 228 guardas-marinha, na Escola Naval da Marinha, no Rio de Janeiro. Queiroz começou a ser investigado depois que o MPF recebeu informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, relatando que o ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro movimentou contas bancárias suspeitas e cujos valores ultrapassam a R$ 1,2 milhão. O presidente eleito disse que conhece Queiroz há mais de 34 anos e que o dinheiro recebido do ex-policial foi para quitar uma dívida.

“Ele (Queiroz) resolveu me pagar com cheques. E não foi com um cheque de R$ 24 mil. Na verdade, foram dez cheques de R$ 10 mil. Eu não botei (sic) na minha conta corrente porque não tenho tempo de ir ao banco. Por isso, eu deixei para minha esposa (Michelle) fazer os depósitos. Eu lamento o constrangimento que estamos passando com essa história. Mas ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal”, se explicou Jair Bolsonaro. 

As movimentações financeiras suspeitas na conta corrente de Queiroz, segundo o Coaf, teriam ocorrido no período de 1º de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2017. De acordo com o órgão, somente em 2016, Queiroz chegou a efetuar 176 saques, numa média de uma retirada a cada dois dias. No total, foram sacados R$ 325 mil, com retiradas que chegaram a R$ 14 mil. Sete servidores que trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), fizeram transferências bancárias para uma conta do ex-assessor parlamentar do deputado estadual, que se elegeu senador pelo PSL, nas eleições deste ano.

Jair Bolsonaro disse que, na próxima semana, fará uma nova avaliação médica no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

"Se estiver tudo bem, eu pretendo fazer a cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia, antes do Natal”, resumiu o próximo chefe de estado do Brasil.

 

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