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Exposição "Favelagrafia" fica no Smoke Lounge até o dia 28

Fotógrafo Anderson Valentim falou que o intuito do projeto é mostrar que também existe arte na favela

Por Gabriel Gontijo em 09/12/2018 às 20:56:58

Foto: Divulgação

Jovens moradores de uma comunidade no Rio ostentam em foto na internet. Esta frase seria mais uma realidade de um cotidiano muito conhecido no Rio não fosse por um fato curioso: o que era ostentado eram instrumentos musicais. Esse é o tema da exposição "Favelagrafia" que está aberta para a visitação desde a última sexta-feira (7) no Smoke Lounge, na Tijuca, na Zona Norte do Rio.

O responsável pelas imagens é o artistaAnderson Valentim, de 35 anos, morador do Borel, também na Tijuca. Ele começou a fotografar a partir das aulas de música que dava em um projeto social dentro da própria comunidade.Foi onde ele fez muitos amigos e passou a conhecer ainda mais os detalhes, problemas e qualidades do lugar onde vive.

Em entrevista para o "Portal Eu, Rio!", Valentim falou que a ideia surgiu graças a nove fotógrafos ligadas a um projeto de uma agência de publicidade, a NBS, sendo que cada um atuava em uma comunidade específica. O locais foram no Morro do Borel, Santa Marta, Morro da Mineira, Complexo do Alemão, Providência, Cantagalo, Babilônia, Rocinha e Morro dos Prazeres. Ele também comentou sobre a proposta da iniciativa e sobre a principal foto do projeto que viralizou nas redes sociais, de jovens mascarad.

"O intuito do projeto é retratar o cotidiano das favelas cariocas com outra perspectiva, do olhar de dentro pra fora. Ou seja, como quem não é do área enxerga o morador da comunidade. O que a gente fez foi mostrar para quem vê pensando quesão jovens segurando armas, na verdade são instrumentos musicais. A intenção foi justamente causar impacto e chamar a intenção de que na periferia não existe só violência, mas também muita cultura e arte", justificou o fotógrafo.

O artista revelou que alguns dos fotografados também são músicos além de serem amigos pessoais dele. Por pensarem da mesma maneira que Valentim toparam participar da iniciativa justamente para quebrarem um estereótipo, pois "90% dos moradores da comunidade são formados por gente que trabalha e também estudo. O que aparece na mídia sobre violência é 10% do que realmente acontece". Isso ajudou os moradores da comunidade "abraçarem" a ideia para mostrar algo desconhecido de muita gente, na opinião de Valentim.

A exposição Favelagrafia está aberta ao público até o dia 28. A visitação é gratuita e pode ser feita de terça e domingo a partir das 18 horas. A classificação é livre. O Centro Cultural Smoke Lounge fica na Rua Ibituruna, 8, esquina com a Rua Mariz e Barros, na Tijuca, na Zona Norte. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone3197-1975.

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