Acusado de integrar uma organização criminosa para a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), foi preso, na manhã desta segunda-feira, dia 10 de dezembro, durante a Operação Alameda.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos (SUBCDH/MPRJ) e do Grupo de Atribuição Originária em Matéria Criminal (GAOCRIM/MPRJ), juntamente com o ex-secretário municipal de Obras do município, Domício Mascarenhas de Andrade, e mais três empresários do ramo de transporte público rodoviário: João Carlos Félix Teixeira, presidente do consórcio TransOceânico e sócio da Viação Pendotiba, e João dos Santos Silva Soares, presidente do consórcio Transnit e sócio da Auto Lotação Ingá.
De acordo com o MP, o esquema foi articulado para o recebimento de propina paga por empresários do setor aos agentes públicos da cidade. Entre os anos de 2014 e 2018, foram desviados aproximadamente R$ 10,9 milhões dos cofres públicos para pagamentos ilegais.
Equipes da Polícia Civil, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) realizaram buscas nas residências dos acusados, além de no gabinete do prefeito, nas sedes de oito empresas de ônibus que prestam serviço no município e em escritórios dos consórcios Transoceânico e Transnit, e do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (SETRERJ).
A ação é um desdobramento da Operação Lava Jato no âmbito da Justiça Estadual, após adesão do MP aos termos e condições do acordo de colaboração premiada celebrado pelo empresário Marcelo Traça com o Ministério Público Federal (MPF) e do compartilhamento de provas autorizado pelo Juízo da 7ª Vara Federal.