A televisão e o rádio são os meios de comunicação tradicionais mais conhecidos e usados atualmente, além de serem famosos, em tempos eleitorais, por se tornarem palanque para os candidatos fazerem campanhas, com o horário eleitoral gratuito.
De acordo com o especialista em mídias offline, Silvio Sauerbier, CEO da Alpes Mídia, agência especializada em marketing e publicidade, "a mídia tradicional deve ser explorada pelos políticos e pelos candidatos visando fortalecer a sua imagem, gerando credibilidade, construindo uma reputação e passando confiança. Porém, o desafio está na utilização desses meios de comunicação para atrair as pessoas, fazendo com que tenham interesse em consumir o conteúdo naquele momento que está sendo transmitido.”
O tempo destinado às propagandas, tanto na televisão quanto no rádio, são um atrativo eleitoral pensado de forma estratégica para as campanhas, tendo em vista que são veículos de extrema relevância, principalmente durante um ano eleitoral. Eles permitem a reprodução de seus conteúdos, ou seja, além de serem transmitidos na mídia offline, são compartilhados na mídia online.
Apesar de as propagandas serem curtas, elas conseguem alcançar seus objetivos e impactar os eleitores, pois ocorrem em diversos momentos do dia.
“É necessário saber comunicar de maneira eficiente. A mídia offline é mais que um instrumento de divulgação de conteúdos, tem o objetivo de causar uma identificação e aproximar o candidato dos votantes. É importante que os cidadãos possam compreender o que estão comunicando, criando assim uma afinidade”, informa Sauerbier.
Sauerbier: objetivo é afinidade com o público. Foto: Divulgação
Todas as publicidades durante o período eleitoral, realizadas através de propagandas, campanhas dos órgãos públicos, serviços e atos políticos, devem ter caráter educativo, com o objetivo e intuito de informar e proporcionar orientação social. O descumprimento dessa norma é considerado abuso de autoridade e publicidade.
“As propagandas são consideradas publicidade eleitoral e são veiculadas de forma gratuita tanto no rádio quanto na televisão. Seus conteúdos são mais objetivos, porém distintos, variando do meio de comunicação que está sendo transmitido, já que 10% do tempo são divididos de forma igualitária entre os partidos. Já as publicidades pagas não são permitidas nas propagandas transmitidas em rádios e TVs”, finaliza o especialista.