A banda francesa Gojira entrou disposta a mostrar que, na França, se faz heavy metal progressivo de qualidade. O grupo levantou o público com um rock pesado e melódico e ainda fez um discurso em defesa da Amazônia, contra o desmatamento. Levou ainda indígenas ao palco, protestando a favor da floresta.
Entre as músicas tocadas, a “Tocam the Chant”, que critica o genocídio e extermínio cultural perpetrado pela ditadura chinesa no Tibete. Durante o show, enquanto Gojira entoava “Amazonia”, chamas saíram de barris, em uma alusão às queimadas na Amazônia. O vocalista Joe Duplantier puxou um coro de “Fora Bolsonaro”, que foi gritado por toda a plateia. Ele ainda pintou o rosto com urucum antes de subir ao palco. A canção foi indicada ao Grammy de 2022 por melhor performance de metal.
“A próxima música é muito especial. De certa maneira, envolve vocês aqui do Brasil e suas lindas terras. Esta música é sobre a destruição da casa dos indígenas e de outros povos da Floresta Amazônica. Precisamos mudar as coisas. No geral, em muitos lugares deste planeta. Contamos com vocês para defender o que é certo, defender seu povo, seu país, sua natureza. Essa música vai para todos os povos indígenas ao redor do mundo”, disse o vocalista, antes de cantar “Amazônia”.
Elisângela e Natália: debutantes no RiR. Foto: Anderson Madeira
As amigas Elisângela Goret, de 34 anos, e Natália Schneider, de 25, vieram de Joinville, em Santa Catarina, para estar pela primeira vez ao Rock in Rio. Elas se esbaldaram com a apresentação da Gojira. “Eu achei ótimo, sensacional, fantástico”, adjetivou Elisângela. “Estou encantada com tudo aqui!”, completou Natália.