Com o foco em pensar a cidade como um ambiente democrático, aberto e humanizado, começou hoje (2), no Rio de Janeiro, o congresso Rio, uma Cidade Antirracista, no Museu do Amanhã, na zona portuária da cidade. Os participantes discutem as condições em que vive a população negra carioca, além da busca por uma cidade voltada para o combate ao racismo e a promoção de bem viver para as pessoas em todas as regiões da capital.
Entre os temas estão o racismo ambiental, mudanças climáticas, água, moradia e favelas no século XXI. A primeira edição do encontro, que termina amanhã (3), tem o apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ), do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), da ONU-Habitat, da rede de coletivos independentes PerifaLab e da Coordenadoria de Promoção à Igualdade Racial da prefeitura do Rio.
Segundo o CAU/RJ, o congresso tem como objetivo promover, através do debate e da profunda análise crítica, a construção de cidades antirracistas, reposicionando as favelas e as periferias como um lugar de memória, potencialidade e garantia de direitos por meio da erradicação do racismo no cotidiano da cidade, com infraestruturas resilientes e assentamentos humanos, inclusivos, seguros e sustentáveis.
O congresso traz ainda a exibição de curtas, a apresentação de trabalhos acadêmicos e atividades pedagógicas para o público infantil.
Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Segundo os organizadores do encontro, o Rio, Cidade Antirracista é um evento local, consequentemente está inserido na lógica global da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, a partir do entendimento que no Rio de Janeiro as desigualdades e os problemas endereçados pelos ODS afetam mais as populações negras e indígenas.