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Pneumologistas vão a Madureira orientar e examinar usuários do tabaco

Campanha no Parque de Madureira é alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Tabagismo

Por Portal Eu, Rio! em 09/09/2022 às 18:52:36

Parque de Madureira receberá evento sobre combate ao tabagismo. Foto: Divulgação

Neste sábado (10) diretores e associados da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOPTERJ) estarão no Parque Madureira, das 8 às 12 horas, numa campanha alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, ocorrido em 29 de agosto.

No evento haverá realização exames de monoximetria e distribuição de folhetos informativos, além de orientação à população sobre tratamento do vício do tabagismo.

A SOPTERJ conta com a parceria da Coordenação de Tabagismo da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, alunos das ligas de pneumologia da UNIG e ESTÁCIO e do laboratório Boehringer. O ponto de encontro será no Parque Madureira, próximo ao Madureira Shopping.

A monoximetria é a dosagem do gás monóxido de carbono que circula no sangue. O volume deste gás no sangue indica o grau de intoxicação causada por cigarro, por exemplo. Esse exame dura em torno de 2 minutos.

Fumantes ativos ou passivos podem estar comprometidos pela inalação da fumaça produzida por terceiros. O cigarro tem mais de 4 mil substância tóxicas.

Os custos para o Brasil

“No Brasil, as doenças causadas pelo tabagismo custam R$ 125 bilhões ao ano. Já o total de impostos arrecadados sobre cigarros gira em torno de 13 bilhões de reais ao ano”, alerta a coordenadora da comissão de tabagismo da SOPTERJ, Alessandra Alves da Costa.

O cigarro na pandemia

Alessandra conta que, durante o período pandêmico, houve aumento do consumo de cigarros no Brasil, sendo maior entre as mulheres e indivíduos com o Ensino Médio incompleto. O fato acarretou:

* Piora da qualidade do sono;

* Isolamento dos familiares;

* Sentimentos de tristeza ou depressão, e de ansiedade;

* Falta de rendimentos financeiros ;

* Pior avaliação do estado de saúde (Cad. Saúde Pública 2021)

Cigarros Eletrônicos

Ao contrário do que muita gente pensa, os cigarros eletrônicos fazem muito mal e não amenizam os danos causados pelo cigarro convencional. "Eles liberam aerossol com quase 2 mil substâncias, como nicotina, gases e metais tóxicos, substâncias cancerígenas, como o níquel, e o formaldeído. Isso pode causar a EVALI, doença pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping. Os principais sintomas são falta de ar, febre, tosse, náusea, vômito, dor no estômago, diarréia, tontura, palpitação, dor no peito e cansaço excessivo. Os usuários de cigarros eletrônicos têm chance quase seis vezes maior de experimentar cigarros convencionais, e quatro vezes maior de se tornarem usuários destes”, explica Alessandra.

A SOPTERJ informa que não há nenhum nível livre de risco sobre a exposição da fumaça do tabaco, e não há nenhum produto do tabaco seguro. Ao parar de fumar:

após 20 minutos, a frequência cardíaca e a pressão arterial voltam ao normal;

após 2 horas: não há mais nicotina no sangue; após 12 a 24 hs: os pulmões já funcionam melhor;

após 1 ano: o risco de infarto reduz para 50%.

Onde receber ajuda do SUS para parar de fumar:

http://www.sopterj.com.br/respirar/centros-de-atendimento-publico/tabagismo/

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