Considerada por muitos turistas e moradores como a paisagem natural mais bela de todo o estado do Rio de Janeiro, o distrito de Ilha Grande, em Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense tenta retomar sua vocação turística após sofrer com uma queda acentuada no número de visitantes por causa da violência. Embora não exista um número oficial, de acordo com quem trabalha na rede hoteleira da área, estima-se que 2018 teve uma queda de 50 % no número de hóspedes.
Outro motivo responsável pela queda acentuada dos turistas foi o surto de Febre Amarela que atingiu o estado e vitimou um turista argentino que no início do ano estava em Ilha Grande. Pensando em reverter esse cenário, a Secretaria Municipal de Saúde criou a campanha "Xô Febre Amarela", de convencimento a empresários e seus funcionários para que sejam imunizados. Por isso, os responsáveis pela rede hoteleira projetam um número maior de visitantes na ilha.
De acordo com o dono da Pousada do Preto, Kiyoshi Nakamashi, o local está melhor preparado para receber quem visita a ilha em comparação com o verão do ano passado, mas ele ressaltou que sempre há campanhas conscientizando que os turistas façam uso contínuo de repelentes, além da utilização do protetor solar. Ele detalhou ao "Portal Eu, Rio!" como deve ser o planejamento para o período de visitação em 2019 em seu estabelecimento.
"Nós, empresários do setor de turismo, estamos confiantes de que, com essa campanha de vacinação e outras medidas preventivas, tenhamos um verão maravilhoso a grande taxa de ocupação da rede hoteleira, como normalmente acontece todos os anos na Ilha", afirmou Nakamashi, que também ressaltou que a segurança é o "principal atrativo" da ilha, em especial sua pousada. Para o empresário, o fato de estar do local ficar a uma hora da cidade de Angra e a ilha ser pouco habitada propicia "segurança e tranquilidade" para quem quer conhecer a área.
As autoridades de saúde de Angra dos Reis reforçam que não existe nenhum impedimento para visitar e permanecer na Ilha Grande se a pessoa estiver vacinada. A visita só não é recomendada para quem ainda não foi vacinado ou tomou a vacina há menos de 10 dias, período em que a imunização ainda não faz efeito.