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Lei sancionada ajudará acessibilidade de pessoas com obesidade mórbida no Rio

Serviços bancários, comerciais e órgãos públicos terão que se adaptar às novas exigências e facilitar o atendimento para pessoas nessas condições

Por Marisa Dias em 14/12/2018 às 12:33:30

Foto: Pixabay

Francisco Dornelles, governador do Rio de Janeiro em exercício, sancionou lei que favorece pessoas com obesidade mórbida estabelecendo facilidades. Em texto publicado no Diário Oficial do estado dessa quarta-feira (12), a lei é direcionada aos serviços bancários, comerciais e órgãos públicos.

O objetivo é disponibilizar a pessoas nessas condições, um tratamento diferenciado e que atenda às suas necessidades. A medida exige ainda o fornecimento de senhas prioritárias que permitam atendimento especial, evitando ao máximo o deslocamento e a permanência em pé nos estabelecimentos.

A lei determina ainda a necessidade de pelo menos um assento com dimensão, resistência e conforto compatíveis em área identificada, dessa forma será possível assegurar a acessibilidade dessas pessoas.

Segunda a lei, pessoas com obesidade mórbida são aquelas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 kg/m². O autor da lei, o ex-deputado Tiago Mohamed, que atualmente é conselheiro da Agência Reguladora de Saneamento do Estado (Agenersa), alerta para a atual situação sobre o aumento de pessoas nessas condições. A medida baseou-se no fato da obesidade ser uma doença crônica, de difícil tratamento e, por isso, transformou-se em um preocupante problema de saúde pública.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado em junho deste ano, a obesidade já atinge 18,9% dos brasileiros, enquanto 54% da população estão com sobrepeso.

O estudo revelou também que a obesidade aumentou 110% entre os jovens, no período de 2007 a 2017. Em relação às demais faixas etárias da pesquisa, esse índice registrou quase o dobro da média, ou seja, 60%. Os dados concluíram também que o crescimento foi menor nas faixas de 45 a 54 anos (45%), 55 a 64 anos (26%) e acima de 65 anos (26%).

A pesquisa identificou que no mesmo período, o sobrepeso foi ampliado em 26,8%. Esse movimento foi maior também entre os mais jovens (56%), seguidos pelas faixas de 25 a 34 anos (33%), 35 a 44 anos (25%) e 65 anos ou mais (14%).

Mesmo com índices preocupantes, o levantamento comprovou que houve um aumento em relação à prática de atividades físicas. As atividades no tempo livre aumentaram  24,1% no período de 2009 a 2017. Outra constatação foi a queda de 52,8% no consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas entre 2007 e 2017. O estudo revelou inclusive que a perda da preferência por esses tipos de bebidas ocorreu principalmente entre adultos com idades entre 25 e 34 anos e entre pessoas com mais de 65 anos.

Houve um aumento na inclusão de frutas e hortaliças no cardápio habitual referente aos últimos anos, crescendo 5% entre 2008 e 2017. Nesse consumo, há um recorte de gênero representativo. Porém, esses alimentos são mais frequentes no cotidiano alimentar das mulheres (40%), enquanto para os homens (27,8%).

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