Em uma solenidade que contou com as presenças de várias autoridades, entre elas, o presidente Michel Temer e o deputado federal Jair Messias Bolsonaro, que irá substituir Temer no cargo em janeiro, a Marinha do Brasil lançou ao mar, nesta sexta-feira (14), o submarino Riachuelo, o primeiro de uma frota de cinco navios de guerra que serão construídos no Complexo Naval de Itaguaí, cidade localizada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
O moderno submarino Riachuelo (S-40), de propulsão por motores diesel-elétricos, é da classe Scorpéne, tecnologia desenvolvida na França. O navio tem aproximadamente 75 metros de cumprimento, pesa em torno de 1.700 toneladas e atinge uma velocidade superior a 20 milhas por hora. Além disso, o S-40 tem capacidade de navegar a 300 metros de profundidade e pode permanecer no mar 70 dias.
Uma das cinco seções do casco do submarino foi produzida na França. As demais foram fabricadas nas instalações da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), em Itaguaí. Uma das missões do Riachuelo e sua tripulação será a de defender e proteger o litoral brasileiro, também chamado de Amazônia Azul. O nome do submarino é alusivo à Batalha Naval do Riachuelo, na Guerra do Paraguai, onde a Marinha atuou.
A primeira-dama do país, Marcela Temer, batizou o submarino quebrando uma garrafa champagne contra seu casco. "Que Deus abençoe este submarino e todos os marinheiros que aqui navegarem", disse a primeira-dama.
Além de Temer e Bolsonaro, também participaram da cerimônia, o almirante de esquadra e comandante da Marinha, Eduardo Bacellar, os ministros Moreira Franco (Minas e Energia), o general Joaquim Silva e Luna (Defesa), Raul Jungman (Segurança Pública) e o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella.
"O batismo inaugura uma nova fase de preparação. Ao longo dos próximos meses, serão realizados testes de porto e de cais. E, em breve, o Riachuelo será um novo instrumento em uso no mar, com estratégias nacionais de defesa", festejou o comandante da Marinha.
Prosub
O Riachuelo foi o primeiro navio de guerra a ser construído após a adoção do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que é uma parceria firmada em 2008 entre Brasil e França. No acordo, está previsto a produção de quatro submarinos convencionais (propulsão diesel-elétrica) e do primeiro submarino de propulsão nuclear do país. Já batizado de Álvaro Alberto, a embarcação terá aproximadamente cem metros de cumprimento e pesará seis mil toneladas. De acordo com a Marinha, o Álvaro Alberto será concluído até 2029. Os modelos convencionais serão concluídos até 2022.
O Complexo Naval de Itaguaí ocupa uma área de mais da área de mais de um milhão de metros quadrados, na Ilha da Madeira, em Itaguaí. Segundo a Marinha, o investimento ao longo de 20 anos chegará a R$ 37 bilhões.