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Mural recria na Glória, antiga Aldeia Karioca, raízes ancestrais do Rio, desde antes da invasão portuguesa

Intervenção artística ocupa 300m² de muro, unindo artistas de diferentes linguagens e história de etnias ancestrais

Por Portal Eu, Rio! em 24/09/2022 às 15:15:28

Mural de 300 m² resgata matrizes indígenas e africanas, misturando o passado ancestral do bairro com a vida contemporânea da cidade. Foto: Ascom SMC

Neste domingo (25), às 11h, a Ladeira da Glória irá se transformar, definitivamente, em uma galeria de arte urbana a céu aberto. O mural, criado por cinco artistas que usam diferentes linguagens, nasce para resgatar as matrizes indígenas e africanas do bairro da Glória e da própria cidade do Rio de Janeiro.
A Glória foi o berço da civilização carioca e pouca gente sabe disso. Nesta região se localizava a aldeia Karioca muito antes dos exploradores portugueses chegarem. E cariocas, claro, é como são chamados os nascidos no município do Rio.

Os cinco artistas foram convidados para recriar o caminho sobre os muros da Ladeira da Glória, do número 28 a 96. E cada um implementou a sua visão sobre o tema. O mural-galeria, que ocupa 300m² de muro da Ladeira, pode ser visitado a qualquer hora do dia, todos os dias da semana, de forma gratuita.

Com curadoria da museóloga Mariana Varzea, criadora do site Ó Glória! (www.ogloria.art.br), o projeto CAMINHO ANCESTRAL DA GLÓRIA (www.caminhoancestral.ogloria.art.br) irá criar um espaço cultural de arte urbana na Ladeira da Glória. Trata-se de uma verdadeira galeria de arte a céu aberto, retratando por meio de diferentes linguagens visuais o patrimônio cultural material e imaterial do bairro. Tanto quanto valorizar mais ainda a vocação da Glória para a arte, o patrimônio e o turismo, o mural irá resgatar as matrizes indígenas e africanas, misturando o passado ancestral do bairro com o tempo contemporâneo da cidade.

A intervenção artística ocupa 300m2 de muro na Ladeira da Glória, e resultará numa obra de arte inédita, criada por um conjunto de artistas de diferentes linguagens. São eles: Mana Bernardes, Antonio Ton e Anapuaka Tupinambá, além do fotógrafo Cesar Duarte e do antropólogo e fotógrafo Milton Guran.

Ouça no podcast do Eu, Rio! o depoimento da museóloga Mariana Varzea sobre o Caminho Ancestral da Glória, galeria de arte a céu aberto em um dos bairros mais tradicionais do Rio,


O projeto CAMINHO ANCESTRAL é uma criação da empresa cultural Inspirações Ilimitadas e tem os apoios do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa, por meio do edital Rua Cultural 2002, da Escola Superior de Propaganda e Marketing / ESPM e da Casa da Glória. O edital #ruacultural, da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, tem como objetivo incentivar a cultura urbana, o turismo cultural e a economia criativa.

De acordo com a Curadora Mariana Varzea, o mural multilinguagem CAMINHO ANCESTRAL DA GLÓRIA irá conjugar as diferentes técnicas dos artistas envolvidos para recontar a potência cultural da Glória, realinhando a história do bairro, que foi berço da civilização cultural carioca, com a sua matriz indígena tupinambá. O resultado será uma obra de arte pública contemporânea e única, com alto impacto visual e sonoro, que se tornará um atrativo para a região, dialogando com os demais bens culturais do bairro e da cidade. O público também poderá acessar mais informações sobre a obra, os artistas, a trilha sonora e a história da região por meio do QRCode no mural e da pagina www.caminnhoancestral.ogloria.art.br .

O artista Antonio Ton foi escolhido para criar um mural com referências a essas várias camadas históricas. Já a artista Mana Bernardes criará um poema inédito e o registrará com sua linguagem manuscrita sobre o mural, enquanto o radialista indígena Anapuaka Tupinambá, criador da primeira rádio indígena do Brasil – a rádio Yandê – será o responsável pela composição sonora inédita para a obra. Somam-se a estas intervenções as fotografias em grande formato do antropólogo Milton Guran e do fotógrafo Cesar Duarte.

O projeto contará também com a participação, como convidado, do designer Jair de Souza, que trabalhará na unidade visual da obra. Jair é integrante do coletivo Rio Tupinambá Karioka, que atua pelo reconhecimento da matriz indígena na região da Glória.





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