O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, divulga, nesta quinta-feira (20), o balanço final do Programa Rio de Janeiro a Janeiro, lançado em setembro de 2017, que visa contribuir para a revitalização econômica do estado por meio do apoio à realização de eventos culturais, esportivos, turísticos e corporativos que fossem capazes de atrair investimentos e turistas; gerar empregos e retorno de tributos ao estado, neste ano. O resultado é apresentado em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela avaliação, classificação e monitoramento do desempenho dos projetos. O impacto cultural, social e econômico de todos os eventos do programa foi mensurado pela FGV, gerando relatórios trimestrais e uma avaliação final, apresentado hoje. Na ocasião também será lançado um livro sobre os eventos que mais impulsionaram a economia fluminense em 2018.
Em março deste ano, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão apresentou a lista dos projetos finalistas que integraram o programa. Na ocasião o ministro se pronunciou sobre os impactos esperados com a implantação do programa.
"O Programa Rio de Janeiro a Janeiro visa recolocar o Rio de Janeiro no trilho do desenvolvimento econômico por meio de uma das suas vocações, que é justamente a economia criativa e o segmento de eventos de cultura, esporte, turismo e negócios", afirmou o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.
Programa Rio de Janeiro a Janeiro
O programa teve inicialmente 831 projetos inscritos, que passaram por avaliações, que levaram em consideração os impactos sociais, turísticos, geração de emprego e renda; perenidade e atração de investimentos. Após essas etapas, 617 foram classificados e 154 projetos ultrapassaram o patamar de avaliação e foram selecionados. Sendo 62% culturais, 26% esportivos e 12% corporativos. Desses, 128 na capital e 26 em outros municípios do estado.
Projetos como Carnaval 2018; Festival Cultural Mulheres do Mundo; Game XP; Feira de Negócios do Sul Fluminense; Árvore de Natal da Lagoa e Réveillon 2018/19, foram alguns dos 154 projetos selecionados pelo programa.
Segundo a FGV, com investimentos de R$ 1,06 bilhões, os projetos gerariam 351 mil postos de trabalho; R$ 773 milhões em tributos e injetariam R$ 13,2 milhões na economia do estado.
Carnaval é o destaque
Balanço 2018
Segundo dados da FGV, dos 154 projetos programados, 94 foram realizados até o momento e geraram um impacto de R$ 8,8 bilhões na economia do Rio de Janeiro. Contabilizaram um público de 12,5 milhões de pessoas, sendo 74,6% de moradores e 25,4% de turistas. 238 mil empregos foram gerados e teve um retorno R$ 538 milhões em impostos. Os eventos que mais geraram impactos foram o Carnaval 2018 com mais de R$ 3 bilhões, seguido pelo Réveillon 2017, com R$ 1,94 bilhão.
"Na prática, o Rio de Janeiro a Janeiro foi uma oportunidade de expressar em números aquilo que muitos profissionais, cariocas ou amantes do Rio, sempre intuíram: a vocação cultural e as belezas naturais, as paisagens urbanas, litorâneas e sonoras da cidade e do estado contribuem para a dinâmica econômica de uma maneira extremamente positiva", afirma o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.
O relatoria mostrou que os eventos teve um impacto considerável na cadeia produtiva, onde cada real investido movimentou outros R$ 17,61 na economia como um todo. Levando em consideração os investimentos na produção do evento como: serviços contratados de artistas, iluminadores, infraestrutura de palco, entre outros e também nos gastos do público.
"Os números demonstram de forma tangível que cultura é investimento, e não gasto. O nosso propósito – contribuir para revitalização da economia carioca – foi atingido. Espero que o resultado incentive mais e mais investimentos em eventos culturais", complementa o Ministro.
O estudo mostrou ainda que o retorno sobre o investimento público foi de R$1,95 para cada R$ 1 que os governos federal, estadual e municipal investiram para a realização dos eventos, seja direta ou indiretamente (por meio de renúncia fiscal). Isso significa um retorno de 95% do investimento inicial. No total, 11 projetos do Programa captaram R$ 18,3 milhões via Lei Rouanet. Outros cinco eventos captaram R$ 1,55 milhão pela Lei Estadual do ICMS (Lei 2.657/96).