O nosso corpo tem uma memória e, neste espaço, a alimentação tem um cantinho só dela. Quando envelhecemos, em algum momento, temos que adaptar o paladar para novos alimentos e novas situações como readequar as refeições devido à dificuldade de mastigação ou alguma doença restritiva. Um padrão alimentar equilibrado proporciona melhor condição de saúde e contribui diretamente na prevenção e controle das principais doenças que acometem os idosos. É neste conjunto de ações que se faz presente a Nutrição Social, especialidade que cria estratégias cotidianamente com ações de promoção da segurança alimentar e nutricional e com foco na saúde da Família.
"Indivíduos acima de 60 anos tendem a apresentar redução no apetite, gerando assim um baixo consumo alimentar (baixa absorção intestinal) e, consequentemente, deficiência de nutrientes. A equipe da Nutrição presta assistência e educação nutricional com os indivíduos sadios ou enfermos por meio de ações voltadas para a prevenção de doenças, manutenção e recuperação da saúde. Visamos sempre a necessidade de incentivá-los e motivá-los à promoção da saúde, participação efetiva, integração e socialização, tendo como base sempre o bem estar do residente", explica Amanda Araújo, nutricionista-chefe da Casa São Luiz.
A prática da Nutrição Social em residências para idosos ainda é relativamente recente, mas fundamental. Segundo a nutricionista Juliana Coutinho, para que esta atividade possa ser implantada e praticada, o profissional de saúde deve conhecer as bases da nutrição social, praticar escuta ativa e seguir os programas de políticas públicas respeitando questões culturais, sociais e econômicas de forma sustentável.
"Tal prática nos proporciona a possibilidade de promover saúde e longevidade em ILPI’s com disseminação de informação aos residentes e familiares", diz Juliana.