Não houve quórum suficiente para abertura de votação de um impeachment do presidente do do Fluminense, Pedro Abad. O número mínimo de conselheiros para este fim seria de 150 e compareceram 96. Esta era a principal pauta do Conselho Deliberativo do clube nesta quinta-feira (20), mas não a única. A reunião então, seguiu nas Laranjeiras, enquanto que do lado de fora um grupo de torcedores estavam concentrados e se manifestando contra o atual mandatário tricolor.
Conforme havia prometido, Abad reuniu a imprensa logo em seguida e se pronunciou a respeito. O presidente falou que pouco depois da posse descobriu que o Fluminense tinha um fluxo de caixa quebrado de 153 milhões de reais, ou seja, o clube tinha este valor a menos do teria a receber. Observou que mesmo com um panorama tão drástico conseguiu levar 2017 e o futebol, mesmo com toda dificuldade sobreviveu em 2018, revelou jogadores e chegou a semifinal de uma competição continental.
Abad anunciou que no dia 26 vai reunir pessoas importantes para o clube, citando nomes como Mário Bitencourt, Celso Barros e Carlos Tenorio, para tentar viabilizar o adiantamento das eleições no Fluminense, que a princípio estão marcadas normalmente para novembro de 2019. Ele disse que não se trata de uma renúncia, que se sente muito capaz de administrar a instituição, mas que acredita que assim promoverá a paz no ambiente, que se faz necessária para o andamento da gestão.
O presidente falou de arrependimentos e que o das demissões foi o pior deles. Mas que diante dos acertos, os erros foram pequenos. Colocou também que entende a insatisfação e que nunca deixou de frequentar os estádios por causa de xingamentos. Ele não se intimida com os agressores e defendeu o Flu Sócio, grupo ao qual pertence e que o ajudou a ser eleito. Há 11 anos Pedro Abad é associado do clube e a ideia de convocar uma assembleia geral para tentar antecipar as eleições, segundo ele, já existe desde o fim do Campeonato Brasileiro.