O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (01/12), a 2ª fase da Operação Fim da Linha. O objetivo é cumprir cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão contra integrantes de organização criminosa formada por policiais civis lotados na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), no Centro do Rio, a partir de 2020.
A ação teve como foco principal os agentes que se uniram para realizar, de forma permanente e estruturada, a cobrança de vantagens indevidas de proprietários de estabelecimentos de exploração de jogos de azar e casas de prostituição para permitir o funcionamento de tais estabelecimentos. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
Inicialmente, a investigação foi instaurada para apurar crimes praticados por contraventores que exploram jogos de azar, após notícia crime sobre bingo clandestino que funcionaria em Copacabana com a permissão de policiais militares e civis. No curso da investigação, foram identificados três grupos criminosos que utilizam diferentes modos de fraudar os resultados dos jogos, como: corrupção de policiais militares e civis e uso da violência para a conquista de território. Os integrantes de tais grupos foram alvo da 1ª fase da operação, deflagrada na terça-feira (29/11).
Além de tais grupos criminosos, também foi identificada essa organização criminosa, composta por policiais civis, que estruturou-se solidamente para viabilizar o esquema reiterado e sistêmico de corrupção, mediante a cobrança de propina junto a proprietários de estabelecimentos de exploração de jogos de azar e casas de prostituição, feita por policiais lotados em uma delegacia de proteção à mulher. Foram denunciados os policiais civis Marcelo Flora Lemos (vulgo “Marcelão”); Alcino Luiz Costa Pereira; Alair do Rosário Ribeiro dos Santos Junior (“Bambam” ou “Junior Bambam”); Pietro Conti Rodrigues; e Bruno Montes da Silva, (“Brunão”). Quatro deles foram presos até o final da manhã desta quinta-feira.
Fonte: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro