A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu ontem (08), do Ministério da Educação (MEC), R$ 3,3 milhões exclusivamente dedicados à assistência estudantil, no âmbito do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes) e Programa Incluir, ligado à Diretoria de Acessibilidade (Dirac), para facilitadores de aprendizagem. Assim, tais bolsas assistenciais foram pagas imediatamente pela Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3), o que significa um esforço para minimização de prejuízos causados pelo governo federal. As bolsas estão nas contas dos estudantes beneficiados já nesta sexta-feira (09).
Porém, a universidade já havia se comprometido com o pagamento de R$ 19,3 milhões, destinados a bolsas, salários de extraquadros, contratos de serviço de limpeza, transporte e alimentação, por exemplo, como destacado pela nota da Reitoria de 3/12. Em nota, a Reitoria da UFRJ escreveu: "lamentavelmente, o repasse desta quinta-feira ainda deixa R$ 16 milhões descobertos. Por isso, neste momento, a UFRJ segue sem recursos para honrar tais pagamentos, gerando, inclusive, um cenário de descompasso interno e desigualdade de tratamento, já que não tem nenhum recurso para quitar outras modalidades de bolsas, como aquelas oferecidas pelas pró-reitorias de Graduação (PR-1), de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2) e de Extensão (PR-5). A Reitoria da UFRJ acompanha de perto o caso e segue mobilizada para o desbloqueio total de seu orçamento, fragilizado devido às sucessivas tentativas de desmonte do ensino, da pesquisa e da extensão de ponta oferecidos pela Universidade e pelo conjunto das instituições federais. Mais uma vez convocamos a comunidade acadêmica e a sociedade para continuarem mobilizadas pelo desbloqueio e pela recomposição orçamentária dos quais a UFRJ precisa".