Com o Brasil eliminado da Copa do Mundo, a velha pergunta se repete: em que medida uma vitória depende de uma defesa organizada, que esteja imune a rápidos contra-ataques?
Mudando dos gramados do Catar para o campo da geopolítica, os últimos capítulos da guerra entre Rússia e Ucrânia ligaram o sinal de alerta sobre a necessidade dos países estarem com os seus sistemas de Defesa muito bem organizados. Isso porque, com os ataques ganhando o front digital, a pergunta inevitável é: o Brasil está preparado para se defender de ataques cibernéticos?
Embora pouca gente saiba, o Ministério da Defesa brasileiro tem uma lista de companhias de TI homologadas como “Empresas Estratégicas de Defesa” (EED). São aquelas que detêm tecnologias e conhecimentos estratégicos para a chamada “defesa nacional” nos mais diversos campos do conhecimento.
Todo cuidado é pouco. Afinal, segundo dados da empresa brasileira BugHunt, em 2021, uma em cada quatro empresas no Brasil sofreu algum ataque hacker. A escala dos ataques também é assustadora: foram 88,5 bilhões de tentativas, ou 168 mil por minuto.
Na área de segurança cibernética, empresas como a Clavis foram escolhidas por terem desenvolvido produtos com tecnologia própria, focados na segurança de uma organização. Isso inclui ferramentas de teste de sobrecarga, gestão de vulnerabilidades e monitoramento do comportamento das redes.
“Em caso de um ataque cibernético, as organizações precisam dispor de um monitoramento do sistema que seja acionado imediatamente, viabilizando uma resposta rápida e efetiva, por parte da organização atacada e das autoridades competentes”, explica Victor Santos, CEO da Clavis, empresa 100% nacional criada há 17 anos na incubadora de empresas do Parque Tecnológico da COPPE/UFRJ, no Rio de Janeiro. Como a Clavis, diversas outras empresas contribuem nesse “esquema tático” que visa manter as instituições brasileiras protegidas de ataques hackers.
A exemplo do VAR, a melhor defesa de um país também não pode abrir mão da alta tecnologia.