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Verão é estação de alerta para conjuntivite em crianças

Oftalmologista pediátrica explica motivos e cuidados no momento propício a doença

Por Portal Eu, Rio! em 26/12/2022 às 18:00:40

Fotos: Divulgação

O verão é a época em que existe uma maior aglomeração de pessoas em ambientes de lazer comuns, como piscinas, cachoeiras e praias, bem como em atividades físicas ao ar livre.

Estes locais são propícios para haver a contaminação de conjuntivite porque as crianças têm um contato muito próximo entre elas, o que contribui para passagem de um vírus ou uma bactéria que esteja infeccionado o olho de uma criança.

O contágio se dá através do contato porque a conjuntivite não se transmite pelo ar e sim com a mão suja em contato com um olho doente. No caso das crianças, um exemplo é um pequenino que está com conjuntivite, encosta a mão nos olhos e tem contato com um amiguinho.

Além disso, existem as conjuntivites que são de caráter alérgicas ou irritantes da superfície do olho. No verão é comum as piscinas serem usadas com mais frequência. Seu uso prolongado pode acometer as conjuntivites alérgicas ou químicas, já que possuem substâncias químicas, como o cloro, utilizadas para fazer a higienização e manutenção da água. Elas agridem a superfície do olho, por isso é necessário tomar cuidado para saber o quanto isso está incomodando a criança depois do dia de lazer para que sejam tomadas algumas medidas a fim de amenizar os sintomas.

Sobre os sintomas

Os sintomas variam, mas costumam ser de leves a moderados com vermelhidão dos olhos, secreção esbranquiçada, irritabilidade, sensação de areia ou de cisco, coceira e inchaços. As pálpebras ficam um pouco mais fechadas, principalmente ao acordar, já que os olhos grudado por causa da secreção.

Com a conjuntivite, ao dormir, não há o movimento de piscar, que faz tanto a lágrima quanto a secreção serem drenadas pelo olho. Assim, a secreção acumulada na superfície ocular entre as pálpebras faz a pessoa estar com os olhos piores pela manhã ao acordar do que ao longo do dia.

A principal causa de conjuntivite é a infecciosa pelo vírus Adenovírus, o mesmo da gripe e do resfriado e tem uma prevalência grande nas crianças.

Segundo a Oftalmologista Pediátrica Luiza Paulo Filho, é comum o relato de uma mãe que leva o seu filho ao consultório dizer que do olho está saindo secreção. "O relato, geralmente, é de que, na semana anterior, ele estava resfriado, ou seja, é o mesmo vírus que está circulando no organismo da criança acometendo os pulmões, garganta ou nariz e repercutindo também nos olhos através da conjuntivite viral", observa.

A especialista acrescenta que crianças com mais sintomas podem necessitar de colírio lubrificante para hidratar os olhos, além de um colírio inflamatório. "Quando existe uma infecção bacteriana associada a essa infecção viral podemos lançar mão até de colírios antibióticos", afirma Luiza.

O tratamento é tranquilo, pois se baseia em cuidados para conforto da criança usando compressa gelada, limpando os olhos com soro fisiológico na hora que acordar, principalmente, e longo do dia também.

Segundo a Oftalmologista, cada caso precisa ser analisado. "De uma maneira geral são doenças que a gente consegue resolver por si só. Então, o tratamento entra para o conforto porque, na grande maioria das vezes, vai se resolver sozinho, uma vez que a característica da doença é de possuir um decurso específico e limitado, com começo, meio e fim. Ela se apresenta de 7 a 15 dias e não costuma deixar sequelas", diz Luiza.


Como evitar o contágio?

Pais que saibam que suas crianças e seus filhos estão com conjuntivite precisam levá-los ao médico para uma primeira avaliação. Eles precisam ser orientados sobre o que fazer e solicitar o atestado para permanecerem em casa, pois a doença é altamente contagiosa, evitando o contato com outras pessoas na escola ou na colônia de férias. Essa doença pode ser transmitida para outras crianças e ampliar o espectro de pessoas acometidas.

Principais Cuidados

Precaução no compartilhamento de objetos em casa, como travesseiros, lençóis, toalhas de rosto e de banho, além de lavar com mais frequência os itens de higiene pessoal. Dependendo da idade, orientar a criança de que ela precisa ter o cuidado de não encostar a mão no olho, pois as mãos sujas podem contaminar outras pessoas. É recomendável também não frequentar piscina quando estiver com a doença, bem como lavar sempre as mãos e rosto e higienizar os objetos da criança.

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